AIRBUS A340
AIRBUS A340-200 (A PARTIR DE 1993)
AIRBUS A340-300 (A PARTIR DE 1993)
AIRBUS A340-500 (A PARTIR DE 2004)
AIRBUS A340-600 (A PARTIR DE 2002)
INTRODUÇÃO
O Airbus A340 é uma bem sucedida aeronave comercial quadrimotor de grande porte e de fuselagem larga, com motorização turbofan e com capacidade para transportar entre 260 e 380 passageiros, dependendo da versão e da configuração de assentos adotada, em viagens internacionais e intercontinentais, criada e desenvolvida nas décadas de 1980 e 1990 e fabricada em larga escala na França pela Airbus Industrie a partir da década de 1990, que utilizou como base para sua criação e desenvolvimento o jato bimotor comercial de grande porte para transporte internacional de passageiros Airbus A300, também um sucesso de vendas.
A família de jatos comerciais Airbus A340 é bem
sucedida. Ela ajudou a consolidar a posição da gigante europeia Airbus
Industrie e, posteriormente, de sua sucessora, a Airbus SAS, como uma das
maiores e mais conceituadas fabricantes de aviões comerciais de grande porte e
de longo alcance do mundo, com um total de 377 unidades fabricadas entre 1993 e
2012, distribuídas entre quatro modelos principais e mais algumas sub-versões.
Os seus principais concorrentes no mercado aeronáutico
mundial são o Boeing 767, o Boeing 777, o Boeing 747 e o Boeing 787,
este com fuselagem fabricada em fibra de carbono.
A AIRBUS
A gigante fabricante europeia Airbus S.A.S. está atualmente sediada em Blaignac, na França. Comparando unidades fabricadas e entregues em 2018, por exemplo, ela foi a segunda maior fabricante de jatos comerciais de grande porte para transporte doméstico, internacional e intercontinental de passageiros no mundo, com 800 unidades fabricadas, disputando ano após ano a liderança do mercado mundial com a gigante norte americana Boeing, a maior fabricante do mundo em 2018, que por sua vez fabricou e entregou 806 unidades.
Com mais de 50 anos de vida, a Airbus S.A.S. é uma das
mais tradicionais e mais conhecidas fabricantes de aeronaves comerciais do
planeta. Ela foi fundada no início da década de 1970, inicialmente como Airbus
Industrie na França pelas empresas aeroespaciais Aerospatiale e Sud Aviation,
ambas da França, e pela Deutsche Airbus, da Alemanha. Posteriormente, anos
depois, ainda na década de 1970, outras empresas passaram a fazer parte do
consórcio Airbus Industrie, incluindo a fabricante espanhola de aeronaves CASA
– Construcciones Aeronauticas e a fabricante inglesa de aeronaves British
Aerospace.
A AIRBUS GROUP
Em 2018, a Airbus S.A.S. foi a segunda maior fabricante de jatos comerciais do planeta, com 806 unidades fabricadas e entregues aos seus operadores. Atualmente, ela é uma das mais respeitadas fabricantes de aviões comerciais para transporte de passageiros no mundo. A Airbus S.A.S. é propriedade da corporação europeia Airbus Group, sediada na Holanda, que controla também uma das maiores fabricantes de helicópteros do mundo, a Airbus Helicopters, conhecida anteriormente como Eurocopter.
A Airbus Group é a holding gigante com mais de US$ 70
bilhões de faturamento anual em 2019. Ela controla também a Airbus Defense and Space, que fabrica o
lançador de satélites Ariane, um dos
maiores e mais potentes do mundo. A Airbus Group é uma corporação europeia de
capital aberto que controla também a Astrium,
uma fabricante de satélites.
A Airbus
Military é outra subsidiária da Airbus Defense e Space, que fabrica vários
produtos para uso militar, entre eles o quadrimotor turboélice de grande porte Airbus A400M, para transporte logístico
militar de soldados, cargas militares e reabastecimento em voo. A Airbus Group
possui uma importante participação societária na ATR – Avions de Transport Régional, a fabricante do turboélice
bimotor regional ATR-72, usado
intensivamente no Brasil pela Azul
Linhas Aéreas e pela Passaredo.
O Airbus C295,
conhecido também como CASA C-295, um
bimotor turboélice para uso militar de logística, usado pela FAB – Força Aérea Brasileira, é mais um
exemplo de produto fabricado em larga escala pela Airbus Military. A Airbus
Group possui também uma participação societária importante na Dassault Aviation, que fabrica na
França os jatos executivos Dassault
Falcon e o caça militar Dassault
Rafale.
A Aerospatiale / Matra da França, a Daimler / DASA da
Alemanha e a CASA da Espanha formaram no início da década de 2000 o consórcio
aeroespacial EADS – European Aeronautic Defense and Space, que, posteriormente,
em 2014, após uma variedade de fusões e aquisições, se tornou a Airbus Group, a
corporação proprietária da Airbus S.A.S.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
O Airbus A340 é uma típica aeronave comercial quadrimotor de grande porte com fuselagem larga com dois corredores, ou widebody, em inglês, com construção convencional em alumínio, aço e titânio, com desenho convencional de fuselagem e asas, de alcance internacional e intercontinental e com motorização turbofan com alta taxa de bypass, com capacidades que variam de acordo com o modelo, o Airbus A340-200, de fuselagem um pouco mais curta, com capacidade para 260 passageiros, em três classes, mas com alcance maior, e o Airbus A340-600, para 380 passageiros, em três classes, o segundo avião de passageiros mais comprido do mundo.
O jato comercial quadrimotor de grande porte Airbus A340-300
é a mais bem sucedida versão da família Airbus A340, com 218 unidades
fabricadas. Essa família é composta também pelo irmão menor Airbus A340-200, ambos
introduzidos no mercado em 1993. A versão Airbus A340-300 é uma típica aeronave
comercial quadrimotor de grande porte com fuselagem larga com dois corredores,
ou widebody, em inglês, de alcance internacional e intercontinental e com motorização
turbofan com alta taxa de bypass, com
capacidade para transportar 290 passageiros, em três classes, ou até mais,
dependendo da configuração de assentos adotada pela companhia aérea operadora,
com construção convencional em alumínio, aço e titânio.
O Airbus A340-300 e o Airbus A340-200, ambos modelos
originais da família Airbus A340, têm o mérito de serem os primeiros jatos quadrimotores
widebody do mundo com controles de voo predominantemente fly-by-wire,
tecnologia trazida diretamente dos aviões comerciais de grande porte para
viagens domésticas e internacionais Airbus A320, lançados anos antes pela
Airbus. Nesses aviões, o sistema fly-by-wire consiste no uso de computadores
que interpretam as intenções da tripulação na cabine de comando, quando
movimentam os sidesticks, transmitindo comandos por meio de cabos com pulsos ou
impulsos elétricos até os atuadores hidráulicos juntos às superfícies
aerodinâmicas de controle, por sua vez as responsáveis pelos movimentos de
arfagem e inclinação lateral.
O projeto básico do jato comercial bimotor de grande
porte para transporte internacional de passageiros Airbus A300, da década de
1970, foi usado como base pela Airbus Industrie para a criação e o
desenvolvimento também da família de jatos quadrimotores de longo alcance
Airbus A340, que, na verdade, são bem semelhantes à família Airbus A330, esta
formada por jatos comerciais bimotores de longo alcance. De fato, eles são
semelhantes em quase tudo, exceto no número de motores, que na família Airbus
A340 são quatro, dois de cada lado da fuselagem. Eles também são um sucesso de
vendas, embora menos que o grande e indiscutível sucesso da família Airbus
A330, que por sua vez possui consumo de combustível e custo operacional mais
baixos que o custo e o consumo da família Airbus A340.
O Airbus A340-300, que é principal modelo de aeronave
widebody (pronuncia-se uaidbóri ou uaidbade) da família Airbus A340, pode ser
identificado pelo seu aspecto externo com o formato ou aparência convencional
com asas baixas enflechadas com grandes motores turbofan fixados nelas,
estabilizadores horizontal e vertical convencionais fixados nos respectivos
cones de cauda e trens de pouso altos. Ele é semelhante no aspecto externo aos
jatos bimotores comerciais de grande porte Boeing 767, Airbus A330 e Boeing 777,
exceto pelo número de motores.
CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
As primeiras unidades da família Airbus A340, na prática protótipos de testes, ensaios e demonstração, receberam a denominação Airbus TA11, com poucas unidades produzidas. O Airbus A340-300, já pronto para venda e operação, conseguiu a certificação de autoridades aeronáuticas, a FAA – Federal Aviation Administration, dos Estados Unidos, e a JAA – Joint Aviation Authorities, da Europa Ocidental, por exemplo, em 1993. O Airbus A340-300 foi um dos dois primeiros modelos, os modelos originais, da família Airbus A340, com capacidade para transportar 290 passageiros, ou até mais, dependendo da configuração de assentos adotada por cada companhia aérea compradora ou operadora do modelo. O Airbus A340-300 começou a ser fabricado em série a partir de 1993 e os seus primeiros operadores foram as companhias aéreas Air France, da França, e Lufthansa, da Alemanha, seguidas por várias outras empresas, dentre elas a TAP Air Portugal, a Singapore Airlines, de Singapura e a Swiss Airlines, da Suíça.
Participaram ativamente do projeto de criação e
desenvolvimento e também da fabricação seriada dos aviões da família Airbus A340
várias empresas do consórcio europeu Airbus Industrie nas décadas de 1980, 1990, 2000 e 2010,
principalmente aquelas localizadas no Reino Unido, na Espanha e na Alemanha,
além, é claro, da própria instalação de montagem final da empresa na França.
Participaram também como fornecedores terceirizados de peças, partes e
componentes, várias empresas localizadas em várias partes do mundo, inclusive
na Austrália, nos Estados Unidos, na Áustria, no Canadá, na Grécia, na Itália,
na Índia, no Japão, na Coreia do Sul e em Portugal. Até hoje a maioria desses
fornecedores ainda possui contratos de fornecimento com a Airbus S.A.S. para o
Airbus A330 e para outras famílias de aeronaves comerciais fabricadas pela
Airbus Group.
Durante a década de 1990, aviões quadrimotores não
precisavam alcançar a certificação ETOPS – Extended Twin Engine Operations para
operação regular sobre o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico, em razão
justamente do número de motores. Atualmente, a certificação ETOPS – Extended
Operations, ainda mais rígida, também é exigida de aviões quadrimotores, como,
por exemplo, o Airbus A340, o Boeing 747-8 e o Airbus A380.
Nas décadas de 1990 e 2000, o Airbus A340 e um dos
seus principais concorrentes, o Boeing 777, foram considerados referências em
tecnologia e qualidade para o transporte aéreo doméstico e internacional de
passageiros, até a chegada, na década de 2010, do Airbus A350 e do Boeing 787,
ainda mais modernos, com fuselagens fabricadas em material composto. O jato quadrimotor
Airbus A340 e seu irmão bimotor Airbus A330 foram os dois primeiros modelos de
aeronaves comerciais widebody no mundo a introduzir em larga escala, na década
de 1990, a segunda geração, mais moderna, do sistema de controle de voo
fly-by-wire, uma geração melhorada a partir da primeira geração usada no
clássico jato quadrimotor supersônico Aérospatiale Concorde, que, na verdade,
não chegou a ser fabricado em larga escala.
Na verdade, pra ser mais preciso, a história da
tecnologia fly-by-wire é mais longa. Ela começou em 1958, quando foi utilizada
a sinalização elétrica para transmissão de comandos no avião militar canadense
Avro Canada CF-105 Arrow, que não chegou a ser fabricado em série; seguida em
1969 pelo jato quadrimotor supersônico Aérospatiale Concorde; e, depois, a
partir da década de 1970, por uma versão civil do jato militar monomotor Vought
F-8 Crusader para a agência espacial americana NASA. No entanto, a consolidação
do sistema fly-by-wire para uso em aeronaves comerciais chegou em 1974 com a
entrada em serviço do Airbus A300 para a Air France, com o sistema de controle
de voo fly-by-wire de primeira geração, que na época não usava a intermediação
digital de computadores para “filtragem” ou “refinamento” das ações e reações
da tripulação na cabine de comando.
A segunda geração da tecnologia do controle voo
fly-by-wire chegou ao Airbus A320 na década de 1980, com a entrada em serviço
em 1988, já com auxílio de computadores para evitar que comandos bruscos ou
brutos dos pilotos cheguem aos atuadores hidráulicos, o que, em tese, evita um
eventual colapso da célula (fuselagem e asas) e das superfícies aerodinâmicas
de controle, incluindo os ailerons e a empenagem, em uma eventual manobra
arriscada.
FAMÍLIA AIRBUS A340
O jato quadrimotor comercial Airbus A340 e o seu irmão bimotor Airbus A330 foram criados a partir da percepção dos investidores e executivos da fabricante europeia Airbus Industrie sobre o aumento do tráfego aéreo comercial internacional e intercontinental de passageiros em todo mundo nas décadas de 1980 e 1990, incluindo sobre o aumento de tráfego entre Estados Unidos e Europa, Estados Unidos e América do Sul, Estados Unidos e Oriente Médio, Estados Unidos e Ásia, Europa e América do Sul, Europa e Oriente Médio e Europa e Ásia. As duas famílias de aeronaves, Airbus A340 e Airbus A330, foram projetadas para substituir os jatos trimotores McDonnell Douglas DC-10 e Lockheed L-1011 Tristar nas rotas mais longas, principalmente sobre oceanos.
Os principais modelos para transporte intercontinental
de longa distância oferecidos às companhias aéreas pela fabricante americana
Boeing eram o quadrimotor Boeing 747 e o bimotor Boeing 767, ambos capazes se
sobrevoar o Oceano Atlântico e o Oceano Índico, mas o Boeing 767 ainda não
possuía certificação para percorrer algumas rotas mais longas sobre o Oceano
Pacífico, o que abria uma oportunidade de mercado para o quadrimotor Airbus
A340. Como a estrutura do Airbus A340 é semelhante à estrutura do bimotor
Airbus A330, com poucas diferenças, entre elas o número de motores, então
surgia a viabilidade econômica de colocar no mercado os novos quadrimotores e
bimotores da Airbus quase ao mesmo tempo, com um investimento de cerca de US$
3,5 bilhões, em valores da época, o equivalente hoje a cerca de US$ 6 bilhões,
um investimento menor do que seria o custo de desenvolvimento separado de um
projeto de quadrimotor inteiramente novo.
A cabine de comando do Airbus A340 é semelhante à
cabine do jato bimotor Airbus A320, com um conjunto de aviônicos EFIS – Electronic Flight Instrument System,
composto por telas PFD – Primary Flight
Display, as telas primárias; pelas telas MFD – Multi Function Display, as telas multifuncionais; pela
interface do FMS – Flight Management
System, o sistema de gerenciamento de voo; e pelo ECAM – Electronic Centralised Aircraft Monitor, que nos aviões
fabricados pela Airbus cumpre as funções do EICAS – Engine Indicating and Crew Alerting System, presente em
jatos comerciais de outros fabricantes.
Os motores CFM
International CFM56, escolhidos pela Airbus Industrie para impulsionar o
Airbus A340-300 e seu irmão menor Airbus A340-200 são turbofans de alta
derivação ou alto bypass, assim seu
diâmetro é maior do que os diâmetros de turbojatos e turbofans com baixa taxa
de bypass. Dessa forma, a sua fixação
foi feita através de um “pilão” abaixo e à frente do bordo de ataque das asas.
Por se tratar de uma aeronave com trem de pouso bem alto, não houve problema de
distância da parte inferior do motor em relação ao solo, lembrando que um motor
turbofan não pode ficar muito próximo ao solo, pois haveria risco de aspirar
objetos estranhos ou detritos sobre a pista.
Os motores da família CFM International CFM56 eram
utilizados na época para impulsionar também os bimotores para voos domésticos e
internacionais Airbus A320 e Boeing 737 NG, o que significava na época
confiabilidade e custos de manutenção sob controle, pois já tinham sido
testados e aprovados nesses modelos, com utilização intensiva e obtendo bons
resultados de eficiência e altos índices de despachabilidade, com uma completa
rede de assistência técnica e fornecimento de peças de reposição em todos os
continentes.
Anos mais tarde, a partir da década de 2000, com a
chegada das então novas versões Aibus A340-500 e Airbus A340-600, houve uma
mudança na motorização, com a introdução dos novos motores melhorados da
família Rolls-Royce Trent, mais potentes e/ou eficientes que a motorização
anterior, com um bom nível de eficiência no consumo de combustível e baixo
nível de ruído no interior da aeronave, em relação aos concorrentes diretos da
época. Com a maior potência disponível na decolagem e na subida também foi
possível aumentar a capacidade de transporte desses dois então novos modelos,
para 310 passageiros e 380 passageiros, respectivamente.
MERCADO
O jato comercial Airbus A340 é um bem sucedido projeto
de aviões quadrimotores para transporte internacional e intercontinental de
passageiros, com mais de 370 unidades fabricadas. Ele é um dos responsáveis por
consolidar a indústria aeronáutica europeia, principalmente as empresas do
Reino Unido, da Inglaterra, da França, da Alemanha e da Espanha, mantendo-as no
topo da lista dos maiores, mais respeitados e mais bem sucedidos fabricantes de
aviões comerciais de grande porte.
Graças ao quadrimotor Airbus A340 e ao bimotor Airbus
A330 as fabricantes participantes do consórcio Airbus Industrie, a British
Aerospace (conhecida atualmente como BAE Systems), a Aerospatiale, a CASA e a
DASA / Daimler Aerospace consolidaram-se como pontos de referência no
competitivo mercado mundial de aviação comercial, no qual só conseguem
sobreviver as empresas com alto grau de eficiência, custos muito bem
controlados, disciplina e alto nível de especialização da tripulação e de
mecânicos, alto nível de tecnologia em prol da segurança e do conforto dos
passageiros e elevado capital na aquisição e/ou renovação de frota.
Se não fosse o Airbus A300, provavelmente a indústria
aeronáutica europeia continuaria tendo um papel secundário no mercado de transporte
aéreo. Essa mesma indústria aeronáutica já fazia parte da elite dos
construtores, fabricando aeronaves de qualidade reconhecida, mas ela só
consolidou sua posição graças ao impulso do Airbus A320, de um corredor, para
viagens domésticas e internacionais, e das família Airbus A340 e Airbus A330,
de dois corredores, mais largas, para viagens internacionais e
intercontinentais.
O Airbus A300 foi considerado pelo mercado
aeronáutico, nas décadas de 1970, 1980 e 1990, um dos principais aviões de base
para formação da frota das grandes companhias aéreas de aviação comercial,
entre elas a American Airlines, a Air France, a Eastern Airlines, a Lufthansa,
a Pan Am, a Alitalia, a China Eastern, a Iberia, a Korean, a Qatar Airways e a
Thai. O Airbus A300 era cerca de 30% mais econômico que um Lockheed L-1011
Tristar e um Douglas DC-10, por exemplo, esses trimotores intercontinentais
para transporte comercial de passageiros sobre oceanos, desertos e florestas.
Nas décadas seguintes, o pioneiro bimotor Airbus A300 passou a ser substituído
por grandes companhias aéreas por outros modelos de bimotores ainda mais
econômicos e/ou de maior alcance, como o Airbus A330, por exemplo.
No entanto havia ainda um nicho específico a ser
explorado, as rotas muito longas, inclusive sobre o Oceano Pacífico, com extensas áreas
com poucas alternativas de pouso em caso de falha de funcionamento de um dos
motores. Hoje em dia é diferente, pois os aviões bimotores, como o Airbus A350,
o Boeing 787, o Airbus A330 e o Boeing 777, por exemplo, já possuem
certificação (autorização) para percorrer esses trechos.
PRINCIPAIS
OPERADORAS DA FAMÍLIA AIRBUS A340 (DÉCADAS 1990 E 2000) |
||
QUANTIDADE |
OPERADORA |
PAÍS |
39 |
Iberia |
Espanha |
39 |
Air France |
França |
29 |
Virgin Atlantic |
Reino Unido |
27 |
Lufthansa |
Alemanha |
25 |
Cathay Pacific |
Hong Kong |
22 |
Singapore |
Singapura |
18 |
Emirates |
Emirados Árabes
Unidos |
18 |
Philippines Airlines |
Filipinas |
15 |
Air Canada |
Canadá |
13 |
Aerolineas Argentinas |
Argentina |
13 |
Etihad |
Emirados Árabes
Unidos |
12 |
Mahan Airlines |
Irã |
10 |
Thai Airways |
Tailândia |
10 |
China Eastern |
China |
7 |
China Airlines |
China |
|
|
|
FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
AIRBUS A340-200
- Capacidade: Aprox. 260 passageiros (três classes / alta densidade);
- Tripulação: 1 piloto, 2 co-pilotos (revezamento) e 8 ou 10 comissárias;
- Velocidade de cruzeiro: Aprox. 870 km / h;
- Comprimento: Aprox. 60 metros;
- Envergadura: Aprox. 61 metros;
- Altura: Aprox. 17 metros;
- Motorização (potência / empuxo): 4 X CFM56-5C4 (34.000 libras / cada);
- Porão de carga: Padrão para contêineres LD3;
- Teto de serviço: Aprox. 12.000 metros;
- Alcance: Aprox. 14.800 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
- Consumo médio (QAV):
- Peso máximo de decolagem: Aprox. 275.000 kg;
- Pista de pouso: Aprox. 3.000 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);
- Preço: Aprox. US$
AIRBUS A340-300
- Capacidade: Aprox. 290 passageiros (três classes / alta densidade);
- Tripulação: 1 piloto, 2 co-pilotos (revezamento) e 8 ou 10 comissárias;
- Velocidade de cruzeiro: Aprox. 870 km / h;
- Comprimento: Aprox. 64 metros;
- Envergadura: Aprox. 61 metros;
- Altura: Aprox. 17 metros;
- Motorização (potência / empuxo): 4 X CFM56-5C4 (34.000 libras / cada);
- Porão de carga: Padrão para contêineres LD3;
- Teto de serviço: Aprox. 12.000 metros;
- Alcance: Aprox. 13.500 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
- Consumo médio (QAV):
- Peso máximo de decolagem: Aprox. 276.000 kg;
- Pista de pouso: Aprox. 3.000 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);
- Preço: Aprox. US$
AIRBUS A340-500
- Capacidade: Aprox. 310 passageiros (três classes / alta densidade);
- Tripulação: 1 piloto, 2 co-pilotos (revezamento) e 10 comissárias;
- Velocidade de cruzeiro: Aprox. 870 km / h;
- Comprimento: Aprox. 67 metros;
- Envergadura: Aprox. 64 metros;
- Altura: Aprox. 17 metros;
- Motorização (potência / empuxo): 4 X Rolls-Royce Trent 553 (55.000 libras / cada);
- Porão de carga: Padrão para contêineres LD3;
- Teto de serviço: Aprox. 12.000 metros;
- Alcance: Aprox. 15.800 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
- Consumo médio (QAV):
- Peso máximo de decolagem: Aprox. 365.000 kg;
- Pista de pouso: Aprox. 3.300 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);
- Preço: Aprox. US$
AIRBUS A340-600
- Capacidade: Aprox. 380 passageiros (três classes / alta densidade);
- Tripulação: 1 piloto, 2 co-pilotos (revezamento) e 10 ou 12 comissárias;
- Velocidade de cruzeiro: Aprox. 870 km / h;
- Comprimento: Aprox. 75 metros;
- Envergadura: Aprox. 64 metros;
- Altura: Aprox. 18 metros;
- Motorização (potência / empuxo): 4 X Rolls-Royce Trent 556 (60.000 libras / cada);
- Porão de carga: Padrão para contêineres LD3;
- Teto de serviço: Aprox. 12.000 metros;
- Alcance: Aprox. 13.900 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
- Consumo médio (QAV):
- Peso máximo de decolagem: Aprox. 365.000 kg;
- Pista de pouso: Aprox. 3.500 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);
- Preço: Aprox. US$
REFERÊNCIAS
E SUGESTÃO DE LEITURA
- Revista Avião Revue:
- Site Airway / UOL: https://www.airway.com.br/cada-vez-mais-raro-airbus-a340-ainda-resiste-em-pequenos-centros-da-aviacao/
- Folha de São Paulo / UOL: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/05/airbus-faz-50-anos-e-desafia-supremacia-dos-eua-na-aviacao.shtml
- Airbus (em inglês): https://www.airbus.com/aircraft/previous-generation-aircraft/a340-family/a340-600.html
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Airbus_A340
- Revista Aero Magazine / UOL: https://aeromagazine.uol.com.br/artigo/airbus-entrega-800-aeronaves-em-2018_4142.html#:~:text=O%20A330%20manteve%20o%20bom,at%C3%A9%20uma%20defini%C3%A7%C3%A3o%20do%20programa.
- Jornal O Globo / Globo.com: https://oglobo.globo.com/economia/boeing-entrega-806-avioes-em-2018-mantem-posto-de-maior-fabricante-do-mundo-23356823
- Airbus Group (divulgação): Imagens
- Wikimedia: Imagens
Comentários
Postar um comentário
Você pode ajudar voluntariamente a melhorar ainda mais a qualidade geral deste artigo ou conteúdo. Por gentileza, faça um comentário, se achar necessário, se perceber algum equívoco, imprecisão ou erro.