O PREDADOR (FILME)

O PREDADOR (BRASIL E PORTUGAL)
THE PREDATOR (ESTADOS UNIDOS, CANADÁ E INGLATERRA)
EL DEPREDADOR (ESPANHA E AMÉRICA LATINA)
LE PRÉDATEUR (NA FRANÇA)
PREDATOR (NA ALEMANHA)


INTRODUÇÃO

O Predador é um clássico filme dos gêneros ficção científica, drama, suspense, ação e terror, um longa metragem escrito, produzido e filmado em definição padrão nos Estados Unidos e no México, na década de 1980, concluído em 1987 e com lançamento em cinemas americanos, europeus e brasileiros em 1987 e 1988, dirigido pelo então novato, mas muito competente, diretor americano John McTiernan e tendo como ator principal ou protagonista o americano e austríaco Arnold Schwarzenegger, como o líder da equipe de elite americana de paramilitares Alan Dutch Schaefer, além das talentosas participações dos atores e atriz Carl Weathers, Elpidia Carrilo, Bill Duke, Richard Chaves, Jesse Ventura, Sonny Landham, RG Armstrong e Shane Black, dentre outros igualmente talentosos, entre os personagens principais, coadjuvantes e antagonistas de cinema mais marcantes da década de 1980.


O filme contou com a atuação de alguns atores e atriz de primeira linha, desempenhando papéis coadjuvantes e/ou antagonistas, dentre eles o americano Carls Weathers, interpretando o inescrupuloso coronel George Dillon; a mexicana Elpidia Carrilo, interpretando a nativa centro-americana Anna Gonsalves; o americano Bill Duke, interpretando o sargento Mac Eliot; o ator americano Richard Chaves, interpretando o sargento Jorge Ramírez; o americano Jesse Ventura, interpretando o sargento Blain Cooper; o americano Sonny Landham, interpretando o sargento Billy Sole; o americano Shane Black, interpretando o sargento Rick Hawkins; e o americano RG Armstrong, interpretando o major Homer Philips; além, é claro, da criatura alienígena que dá o título ao filme, bem interpretada pelo ator americano Kevin Peter Hall, escolhido a dedo pela direção do filme.


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

O Predador, cujo título original, em inglês, é The Predator ou, simplesmente, Predator (pronuncia-se Préraror), é um clássico filme americano de ficção científica, suspense, ação e terror da década de 1980, dirigido pelo americano John McTiernan, cujo roteiro foi escrito e reescrito pelo menos três vezes, começando pelos irmãos americanos James Thomas e John Thomas, os dois roteiristas principais, inicialmente com o título The Hunter, mas com algumas cenas acrescentadas e/ou retiradas pelo diretor John McTiernan, por Arnold Schwarzenegger, pelo roteirista David Peoples e pela 20th Century Fox, até chegar à versão final de roteiro aprovada pelos irmãos Thomas, por John McTiernan, pelo produtor Joel Silver e pela própria 20th Century Fox, o estúdio de cinema responsável pela distribuição do filme.


Pelo menos uma parte do roteiro final aprovado foi baseada em alguns filmes de ficção científica de anos anteriores ao lançamento do filme, como, por exemplo, Alien – O Oitavo Passageiro, de 1979; Blade Runner – O Caçador de Andróides, de 1982; e O Exterminador do Futuro, de 1985; estes abordando, em geral e em alguma medida, algumas questões filosóficas, sociológicas, psicológicas, políticas, sociais, religiosas e comportamentais ou sentimentais, incluindo a suposta existência de vida extraterrestre, a futura e provável necessidade de colonização humana em outros planetas e as implicações da inteligência artificial.


Além deles, o filme clássico de terror e suspense Tubarão, de 1975, um grande sucesso do cinema americano, dirigido pelo icônico Steven Spielberg, serviu de inspiração ou referência, em alguma medida, para o diretor John McTiernan conduzir as gravações.


O filme é estrelado pelo já veterano e conhecido ator principal Arnold Schwarzenegger, na época com 40 anos de idade, o icônico intérprete do jovem, mas experiente, major americano Alan Dutch Schaefer, o emocionalmente forte e estável, disciplinado, leal, determinado, ético e resiliente líder de uma força especial de elite contratada pelo Exército dos Estados Unidos para a execução de uma suposta missão de alto risco na América Central, o resgate de militares e civis capturados por uma típica quadrilha de guerrilheiros locais.


Já o principal antagonista (vilão) da história não é um ser humano, é uma criatura alienígena com um nível de inteligência semiprimitivo (abaixo da média dos humanos normais, mas acima média dos macacos), mas, curiosamente, o suficiente para operar equipamentos muito avançados, incluindo a sua própria nave de transporte espacial; o seu traje de invisibilidade; o seu capacete de visão por infravermelho (imagem térmica); o seu canhão de plasma, usado para matar suas vítimas; e, curiosamente, a sua própria medicação de primeiros socorros, que ele utiliza em si mesmo, quando necessária, em caso de acidente ou reação inesperada da presa.


Essa criatura apresenta um comportamento com traços de personalidade semelhantes ao comportamento de psicopatas humanos... Ela e outros alienígenas da mesma espécie visitam o planeta Terra regularmente em uma espécie de “safari interplanetário”, quando estão “de férias”... O problema é que os “souvenirs” ou “troféus” são crânios de seres humanos abatidos como presas, que eles levam de volta “para casa” como uma “prova” de sua caçada “bem sucedida”...


O filme conta a história, no presente, do drama e suspense sério pelo qual passa uma equipe de paramilitares contratados pelo Exército dos Estados Unidos e pela CIA – Central Intelligence Agency, para, supostamente, resgatar militares e civis capturados por guerrilheiros latino-americanos em um país da América Central... O que a princípio seria uma missão convencional de resgate se torna um pesadelo, quando essa mesma equipe se depara com uma entidade alienígena desconhecida, que passa a atacá-los sem um motivo aparente... Assim, um misto de perplexidade e medo toma conta da equipe, com cada membro da equipe apresentando um comportamento diferente em relação a um perigo desconhecido, para o qual nunca houve um treinamento prévio...


E essa inexperiência lhes custa muito caro...


O que, a princípio, seria algo nobre, o suposto resgate de colegas capturados por guerrilheiros inimigos do Governo Americano, se torna um desastre, uma tragédia anunciada, uma “lambança”, como se costuma dizer aqui no Brasil, um exemplo de como uma equipe de combatentes experientes, corajosos e bem treinados para missões militares e/ou paramilitares convencionais padecem ante a um perigo desconhecido, de tecnologia muito superior...


Trata-se de um dos mais emblemáticos e impressionantes filmes da década de 1980, um dos mais elogiados pela crítica mundial e bem aceito pelo público, considerado um cult do cinema, inclusive, com um orçamento de cerca de US$ 18 milhões, em valores da época, e uma ótima arrecadação de cerca de US$ 100 milhões, em valores atuais, incluindo a arrecadação nos primeiros anos de exibição no cinema e em licenciamentos posteriores para TV aberta, TV paga, mídias físicas e streaming.


O filme foi levado massivamente para as telas de TV aberta e TV paga, disponibilizado em mídias físicas, como VHS, DVD e Blu-ray, anos depois, e disponibilizado, nos anos mais recentes, pelas plataformas de streaming.


No mesmo ano e nas décadas seguintes, inúmeros outros filmes de alta qualidade voltaram a abordar o mesmo tema sério, a hipótese (ou já é uma certeza? pense nisso...) da existência de inúmeras espécies de seres alienígenas no Universo, desde seres mais simples, como bactérias e vírus, por exemplo, até seres mais complexos, parte deles inteligente e racional e outra parte irracional, dentre eles Chegada, de 2016; Revolt, de 2017; Covenant, de 2017; Sputnik, de 2020; e Duna, de 2021; dentre outros.


O filme possui um roteiro, uma produção e uma direção verossimilhante, ou seja, mesmo se tratando de uma história de ficção ele parece real quando assistimos. De modo geral, essa é uma das principais diferenças entre filmes ruins e filmes bons, a verossimilhança. Por exemplo, grande parte das gravações foi realizada no México, em Palenque, em área de mata fechada. Além disso, o design da criatura alienígena esteve a cargo de Stan Winston, que imaginou uma criatura de formato antropoide e/ou antropomorfa, mas com um nível de inteligência meio precário, de típico comportamento psicopata...


Além disso, a direção de arte esteve sob a responsabilidade de Donald McAlpino e a edição de imagens e sons sob a responsabilidade de John Link e Mark Helfrich, o que resultou na alta qualidade e na sofisticação do filme em geral, considerando os padrões da época, é claro, considerado entre os melhores filmes da década de 1980 e que até hoje impressiona pelo realismo. Os efeitos especiais estiveram a cargo da produtora de design cinematográfico R/GA Greenberg, responsável, inclusive, pelas cenas de invisibilidade da criatura, pelas cenas do canhão de plasma e pelas cenas de imagem térmica.


O dublê Kevin Peter Hall, que interpretou a criatura alienígena, foi escolhido a dedo pela produção do filme, após o ator belga Jean-Claude Van Dame recusar o papel. O biotipo de Kevin era perfeito para o papel, ele tinha 2,2 metros de altura e apenas 70 kg, ou seja, era magro, portanto tinha o biotipo adequado para entrar no traje fantasia da criatura, tratada pela produção do filme como um antropomorfo masculino, um ser frio e calculista, sem sentimentos / emoções e com capacidade de raciocínio limitada...


O filme foi recebido, na época, com avaliações mistas por parte da crítica internacional, ou seja, parte dos críticos gostou e outra parte não gostou. No entanto, nas décadas seguintes, passou com a ser tratado como cult do cinema mundial pela crítica internacional. O site agregador de resenhas Rotten Tomatoes relatou que 80% das 60 críticas do filme, encontradas na grande mídia, foram positivas. Mais recentemente, uma enquete simples entre usuários do buscador Google, aqui no Brasil, apontou uma aprovação próxima de 90% dos espectadores do filme.


ROTEIRO

Na década de 1980, uma equipe de paramilitares é contrata pelo Exército dos Estados Unidos e pela CIA – Central Intelligence Agency para realizar uma missão sigilosa de busca e resgate dentro de uma área hostil de mata fechada em um país da América Central (o nome desse país não é revelado no roteiro), controlada por guerrilheiros de ideologia comunista. Porém, algo inusitado acontece: Eles passam a ser perseguidos por uma criatura alienígena desconhecida até então, de comportamento psicopata, que tem o estranho, insólito e violento hábito de colecionar crânios humanos em uma espécie de “caçada esportiva” macabra...


O editor deste blog optou por não fazer revelações ou dar muitos detalhes sobre o roteiro. O texto do post traz apenas um breve resumo, muito sucinto, sobre os 30 minutos iniciais do filme, o suficiente para o leitor tomar a decisão de assisti-lo ou não.


OPINIÃO DO BLOG

Há quem diga que os melhores filmes são aqueles que tratam de maneira responsável os assuntos sérios, outros afirmam que os melhores filmes são aqueles cujos roteiros se inspiram em bons livros e outros dizem que os melhores filmes são aqueles baseados em fatos reais. Além disso, há aqueles que dizem que uma boa comédia é aquela que ridiculariza os vícios, ilusões, fraquezas morais e falhas de caráter da humanidade e, portanto, contribuem, de uma forma ou de outra, para a reflexão da própria humanidade sobre seu comportamento. São, portanto, filmes construtivos, embora sejam apenas comédias, sem grandes pretensões intelectuais.


No caso específico do filme O Predador, trata-se de ficção científica de alta qualidade, com roteiro sofisticado, escrito por alguns craques do cinema, que aborda com responsabilidade e seriedade o tema da suposta vida alienígena fora do planeta Terra, portanto há verossimilhança no filme, o que é um pré-requisito para ser classificado como um filme com roteiro acima da média, acima dos filmes comuns, portanto digno de ser visto pelos olhos mais exigentes e atentos a detalhes.


Os atores e atrizes são de primeira linha; o roteiro é ótimo; a trilha sonora é adequada para esse tipo de filme; os efeitos especiais são muito bons, considerando os padrões da época, é claro; e a direção é muito boa. O filme tem verossimilhança no roteiro, principalmente nos detalhes de aspecto científico, e, no geral, apresenta um tema válido, a suposta existência de vida alienígena fora do planeta Terra.


A maioria dos filmes do gênero terror, produzida até hoje pela indústria cinematográfica mundial, é lixo, não presta... Mas O Predador está entre os mais notáveis e respeitados filmes desse polêmico gênero, ele possui verossimilhança no roteiro, não é “uma bobagem qualquer”, não é um “filme descartável”, não é um filme “sem pé nem cabeça”, ele tem um sentido filosófico, sociológico, psicológico, sentimental ou emocional, científico e até religioso...


Na opinião deste blog, o filme é indispensável para quem quer entender de cinema. Mesmo abordando um tema polêmico, a suposta existência de vida alienígena, ele não descamba para o lado do sensacionalismo, ao contrário de algumas das suas sequências, que deixaram a desejar em aspectos como verossimilhança.


Esse filme deu origem a uma franquia de cinema, com pelo menos quatro sequências, Predador 2, de 1990; Predadores, de 2010; O Predador, de 2018; Alien versus Predador, de 2004; e Alien versus Predador 2, de 2007. Todos esses filmes da sequência são bons, mas não alcançaram o mesmo nível de seriedade e não alcançaram o status de ícone cinematográfico do primeiro filme da série de filmes, de 1987.


O filme foi indicado ao Oscar de efeitos especiais, em 1988.


FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS


  • Origem: Estados Unidos;
  • Duração: 107 minutos (DVD);
  • Gênero: Ficção científica, drama, suspense, ação e terror;
  • Vídeo: Panavision, SD e HD em cores (DVD e Blu-ray);
  • Áudio: Estéreo e Dolby (DVD e Blu-ray);
  • Mídias disponíveis: TV’s aberta e paga, DVD, Blu-ray e streaming;
  • Formato: Cinema (Widescreen em DVD);
  • Roteiro: James Thomas e John Thomas;
  • Direção: John McTiernan;
  • Produção: Lawrence Gordon, Joel Silver e John Davis;
  • Distribuição: 20th Century Fox (cinema, TV’s aberta e paga, mídias físicas e streaming);
  • Elenco: Arnold Schwarzenegger, Carl Weathers, Elpidia Carrilo, Bill Duke, Richard Chaves, Jesse Ventura, Sonny Landham, RG Armstrong e Shane Black, dentre outros.
  • Trilha sonora: Alan Silvestri;
  • Fotografia: Donald McAlpine;
  • Efeitos especiais: R/GA Greenberg;
  • Direção de arte:
  • Designer: Stan Winston;
  • Edição: John Link e Mark Helfrich;
  • Restauração:
  • Idioma principal: Inglês, com dublagem para português;
  • Orçamento: Aprox. US$ 18 milhões (valores da época);
  • Receita bruta total: Aprox. US$ 100 milhões (até o momento);
  • Opinião do blog: Ótimo;


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REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Predator_(film)
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Predador
  • Fox / Disney (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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