SCANIA 113

SCANIA 113
SCANIA 113H OU T 113H (BICUDO)
SCANIA 113H OU R 113H (CARA CHATA)
SCANIA DO BRASIL
REI DAS ESTRADAS (APELIDO)
FAMÍLIA SCANIA 113
SÉRIE 3


INTRODUÇÃO

O nome Scania 113 foi utilizado pela gigante sueca Saab-Scania AB para sua linha clássica de veículos de transporte rodoviário de cargas pesadas, criada na década de 1980 na Suécia, desenvolvida e fabricada em larga escala na Suécia e no Brasil, nas décadas de 1980 e 1990, pela fabricante sueca e pela sua subsidiária brasileira Saab-Scania do Brasil, se tornando um dos principais produtos da empresa no segmento de caminhões pesados e semi-pesados na época


Os seus principais concorrentes no Brasil, na década de 1990, foram o caminhão semi-pesado e pesado Volvo NL10 340, o caminhão semi-pesado e pesado Mercedes-Benz LS 1630, o caminhão semi-pesado e pesado Volvo NL12 360 e o caminhão semi-pesado e pesado Mercedes-Benz LS 1935.


Todos esses modelos concorrentes citados não são mais fabricados.


A SCANIA AB

A centenária Scania AB é uma grande fabricante sueca de caminhões pesados para transporte rodoviário de cargas, conjuntos de chassis / motores de ônibus para transporte de passageiros, motores estacionários a diesel, inclusive para geradores de energia elétrica, e motores a combustão interna para embarcações.


Ela possui várias subsidiárias fabricantes de caminhões, chassis e motores, inclusive na França, na Holanda, na Tailândia, na China, na Índia, na Argentina, na Polônia, na Finlândia e, é claro, no Brasil.


Essa tradicionalíssima empresa europeia é uma das maiores fabricantes de utilitários pesados para transporte rodoviário de cargas e conjuntos de chassis / motores para transporte rodoviário de passageiros do mundo. Ela é uma das mais antigas fabricantes caminhões do mundo, com os seus primeiros modelos de caminhões, com a marca Scania-Vabis, fabricados na Europa Ocidental a partir da década de 1910.


Ela foi fundada na Suécia, em 1911, a partir da fusão da Vagnfabriks (Vabis), uma fabricante de vagões ferroviários, e da Maskinfabriks (Scania), uma fabricante de bicicletas, dando origem assim à Scania-Vabis, que passou a atuar na fabricação de automóveis e caminhões, num primeiro momento, inclusive fabricando o Jeep Willys e o Volkswagen Fusca, sob licença, para, a partir de 1969, se fundir com a tradicional fabricante sueca de automóveis e aviões Saab AB, dando origem à Saab-Scania AB, quando passou a atuar de forma independente, até 1995, até ser comprada pelo Grupo Volkswagen, na década de 2000.


Aqui no Brasil, a então multinacional europeia Scania-Vabis passou a atuar, inicialmente, a partir da década de 1950, por meio de importação de caminhões novos parcialmente montados, por meio de um acordo de importação e representação assinado com o grupo brasileiro Vemag – Veículos e Máquinas Agrícolas, inicialmente com a construção de uma fábrica (na verdade uma montadora) em São Paulo - S.P., até assumir definitivamente, a partir da década de 1960, o controle total das operações no Brasil, inicialmente com a construção e inauguração da sua fábrica de caminhões em São Bernardo do Campo - S.P., em 1962, a sua primeira grande fábrica fora da Europa.


Por razões óbvias, a matriz sueca Scania AB anunciou recentemente que está abandonando o mercado russo de utilitários para transporte de cargas...


O GRUPO VOLKSWAGEN

O gigante alemão Grupo Volkswagen é um dos maiores fabricantes de automóveis e utilitários do mundo, incluindo caminhões e conjuntos de chassis / motores para ônibus. Também fazem parte do Grupo Volkswagen a Porsche, famosa fabricante de automóveis esportivos de alto luxo, a Scania e a MAN, duas grandes e conhecidas fabricantes de caminhões para transporte rodoviário de cargas, a Audi, uma das maiores e mais conceituadas fabricantes de automóveis de alto luxo do planeta, a Lamborghini, uma fabricante italiana de automóveis esportivos de alto luxo, a Seat, uma fabricante espanhola de automóveis populares, e a Ducati, fabricante de motos de alta performance.


Em 2017, por exemplo, o Grupo Volkswagen foi o maior fabricante de automóveis do planeta, com mais de 10.400.000 unidades fabricadas, incluindo os números de vendas da Audi, da Seat e da Porsche. Em 2019, o Grupo Volkswagen fabricou mais de 11.000.000 de unidades, com mais de € 234 bilhões de receita bruta (o equivalente a mais de US$ 262 bilhões) e mais de 640.000 empregados, enquanto a Volkswagen do Brasil, por exemplo, uma de suas principais subsidiárias, foi a segunda maior fabricante de automóveis do Brasil, com mais 414.000 unidades fabricadas.


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

O nome Scania 113 foi usado pela fabricante sueca Saab-Scania AB e sua subsidiária brasileira Saab-Scania do Brasil para sua linha clássica de veículos para transporte rodoviário de cargas médias e pesadas, fabricado em larga escala em uma única geração, inicialmente na Suécia, a partir de 1987, e, em seguida, a partir de 1991, lançado no Brasil, tornando-se um grande sucesso de vendas aqui, em parte pela sua mecânica robusta e confiável e em parte pelo baixo número de concorrentes a sua altura, como, por exemplo, o Volvo NL10 / Volvo NL12 e Mercedes-Benz LS 1630 / Mercedes-Benz LS 1935, com pesos brutos máximos de tração de até 45.000 kg, no caso específico dos cavalos mecânicos.


Apelidada carinhosamente por caminhoneiros e transportadoras como Rei das Estradas, em razão de suas qualidades mecânicas, ela foi uma das mais populares e confiáveis famílias de caminhões para transporte rodoviário de cargas pesadas do Brasil, principalmente nas décadas de 1990 e 2000, fabricada em larga escala no município de São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo, em uma das maiores e mais modernas fábricas de caminhões do Brasil na época.


Esses modelos da família Scania 113, fabricada aqui no Brasil durante a década de 1990, formada principalmente por caminhões pesados e semi-pesados, tanto nos formatos de chassis rígidos quanto cavalos mecânicos, não devem ser confundidos com os modelos antecessores de caminhões Scania 112, fabricados na década de 1980, de formato externo bem semelhante, embora com um número significado de diferenças técnicas, principalmente na mecânica.


Essa família Scania 113, da década de 1990, teve versões com cabine recuada, apelidadas carinhosamente de Bicudo, e versões com cabine avançada, apelidadas aqui no Brasil de Cara Chata, mas grande parte das especificações técnicas dessas versões é semelhante, quando não idêntica, principalmente a parte mecânica, elétrica, pneumática e eletrônica.


No caso específico da família Scania 113, foram fabricados em série, aqui no Brasil, pelo menos quatro modelos, o Scania T 113H, de cabine recuada, tanto simples quanto leito, um dos mais vendidos aqui no Brasil, com tração 4X2 e com algumas opções de motores, sendo a principal delas a Scania DSC11-23, turbodiesel e intercooler, um grande motor com seis cilindros em linha, com 11.000 cilindradas e injeção direta, com 360 cavalos de potência e 165 kgfm de torque; o Scania T 113E, uma versão com tração 6X2, também de cabine recuada, simples ou leito, também com algumas opções de motores, incluindo o Scania DSC11-23 turbodiesel; o Scania R 113H, de cabine avançada, tanto simples quanto leito, que, embora, curiosamente, sendo melhor no aspecto técnico vendeu menos, uma versão com tração 4X2 e também com algumas opções de motores, incluindo a Scania DSC11-23; e, finalmente, o Scania R 113E, também de cabine avançada, simples ou leito, com tração 6X2, também com algumas opções de motores, incluindo a Scania DSC11-23.


Todos as versões citadas no parágrafo acima estiveram disponíveis com pelo menos duas opções de conjunto caixa de câmbio / embreagem, sendo a principal delas a GR881 / K432-6, um câmbio banhado a óleo, mas com disco de embreagem seco, com acionamento servo-hidráulico, totalizando 10 marchas sincronizadas, com reduzida.


Além da opção de motores DSC11-23 turbodiesel e intercooler, esses modelos da família Scania 113, citados nos parágrafos acima, estiveram disponíveis também com motor Scania DSC11-21, também turbodiesel e intercooler, mas com potência e torque um pouco menores, 320 cavalos e 145 kgfm.


Os modelos da família Scania 113 estão classificados na categoria dos caminhões semi-pesados e pesados.


CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

A família de caminhões semi-pesados e pesados Scania 113, da década de 1990, faz parte da 4ª geração de caminhões da famosa fabricante sueca Scania AB, uma das maiores e mais tradicionais fabricantes de veículos para transporte rodoviário de cargas do mundo. Essa 4ª geração de caminhões é conhecida internacionalmente como Série 3, da qual também fazem parte as famílias de caminhões semi-pesados Scania 93 e pesados Scania 143, parte dela fabricada e comercializada no Brasil.


LINHAGEM DE CAMINHÕES DA MARCA SCANIA

DÉCADA

SÉRIES

FAMÍLIAS

1960 e 1970

50, 80, 85, 110 e 140

L50, L80, L85, L110 e L140

1970 e 1980

51, 81, 86, 111 e 141

L51, L81, L86, L111 (Jacaré) e L141

1980

Série 2 (3ª geração)

Scania 82, Scania 112 e Scania 142

1990

Série 3 (4ª geração)

Scania 93, Scania 113 e Scania 143

2000

Série 4 (5ª geração)

Scania 94, Scania 114, Scania 124, Scania 144 e Scania 164

2010

Série PRT-Range ou PGR (atual geração)

P (cabine baixa), G (cabine média) e R (cabine alta)


A família Scania 113 foi criada na Suécia, na década de 1980, desenvolvida na Europa e no Brasil, nas décadas de 1980 e 1990, e fabricada principalmente na Suécia e no Brasil, nas décadas de 1980 e 1990, totalizando mais de 36.000 unidades fabricadas no Brasil, por exemplo, entre 1991 e 1998, principalmente as versões com cabine recuada, uma preferência do mercado brasileiro na época, ainda não acostumado com as versões de cabine avançada.


Mas para entender a família Scania 113, da década de 1990, é preciso recuar um pouco no tempo e falar um pouco sobre a família Scania 112, da década de 1980, que é a antecessora da família Scania 113, pois uma parte significativa (cerca de 50%) da mecânica, da estrutura e dos sistemas elétrico, eletrônico, hidráulico e pneumático teve origem na família Scania 112, embora, segundo o fabricante, trata-se de modelos de caminhões quase totalmente diferentes, com mais de 200 modernizações, mudanças e aprimoramentos, principalmente na mecânica e nos sistemas.


Em 1981, a Scania do Brasil iniciou a fabricação seriada dos modelos de caminhões semi-pesados e pesados Scania 112, com bonita carroceria / cabine recuada com design italiano do famoso e renomado estúdio Giugiaro, com capô do motor basculante e em fibra de vidro, com para-lamas integrado; com pelo menos duas opções de motores, uma de 203 cavalos e outra de 296 cavalos; três distâncias entre-eixos, de 3,8 metros a 5,4 metros; quatro opções de chassis, com longarinas com espessura variando entre 8 milímetros até 17 milímetros; câmbio de 5 ou 10 marchas sincronizadas; e tração 4X2, 6X2 ou 6X4; dentre outras especificações.


Essa família foi um sucesso de vendas na década de 1980, inclusive na Europa e no Brasil, mas precisava ser substituída por outra família mais moderna. Assim, durante a década de 1980, a gigante sueca Saab-Scania AB iniciou o projeto Scania 113, utilizando como base a família Scania 112, mas com inúmeras modernizações e melhorias mecânicas, elétricas, eletrônicas, hidráulicas e pneumáticas, incluindo novos bloco, cabeçote, coletor e válvulas de escape, anéis de pistão, turbocompressor, bomba injetora direta e bicos injetores, nova embreagem, com carroceria / cabine com chapas de aço galvanizado ou zincado; dentre outras mudanças.


Foi um sucesso imediato de vendas.


MODELOS DA FAMÍLIA 113

Aqui no Brasil, a família de caminhões semi-pesados e pesados Scania 113 é formada por pelo menos quatro modelos, sendo pelo menos dois com cabine convencional ou recuada, conhecida também como “bicuda”, ou seja, com motor à frente da posição do motorista, em um volume separado, inclusive com opções de cabine estendida ou cabine leito.


Curiosamente, a família Scania 113 esteve disponível no Brasil, na década de 1990, com opções de cabine avançada, mais vantajosa tecnicamente, inclusive com capacidade de carga maior e/ou menor consumo de combustível, mas vendeu menos que as versões “bicudas”, pois as transportadoras brasileiras e os caminhoneiros autônomos ainda tinham algum preconceito ou resistências às versões “cara chata”.


A família Scania 113 foi uma das melhores opções de cavalos mecânicos para transporte rodoviário de cargas semi-pesadas e/ou pesadas da década de 1990, aqui no Brasil. O modelo Scania T 113H 4X2, por exemplo, foi um dos mais icônicos caminhões para transporte rodoviário de cargas do Brasil, muito elogiado por sua robustez e durabilidade, praticidade, confiabilidade mecânica, performance combinada com consumo moderado de combustível e até conforto interno, com boa ergonomia e espaço interno.


Opcionalmente, algumas versões mais caras da família Scania 113, como a Scania T 113H Topline, por exemplo, estavam disponíveis com uma variedade de itens de segurança, conforto e desempenho, incluindo ar condicionado; cinto de segurança de três pontos para motorista; trava central elétrica e vidro de acionamento elétrico; cabine estendida com leito e teto elevado; faróis auxiliares; coluna de direção ajustável; isolamento acústico melhorado; suspensão a ar; e freios ABS, com o retardador de freios; dentre outros itens.


Entre as versões principais da família Scania 113, fabricadas aqui no Brasil, estão as seguintes:

  • Scania T 113H (a letra H significa dois ou três eixos, geralmente dois, sendo o dianteiro direcional e o traseiro para tração), com motor Scania DSC11-23, turbodiesel de quatro tempos, com intercooler, seis cilindros em linha e injeção direta de combustível, com 360 cavalos de potência e 165 kgfm de torque, com tração 4X2 traseira (toco), direção hidráulica e cabine curta, mas com opção de cabine estendida ou cabine leito, com peso bruto total de tração de até 60 toneladas, porém limitado na época pela Lei da Balança.
  • Scania T 113E (a letra E significa três eixos, sendo o dianteiro direcional e um ou dois traseiros para tração), também com motor Scania DSC11-23, com as mesmas especificações, incluindo potência e torque, com tração 6X4 traseira (traçado) ou tração 6X2 traseira (trucado), direção hidráulica e cabine curta, mas com opção de cabine estendida ou cabine leito, com peso bruto total de tração de até 80 toneladas, porém limitado na época pela Lei da Balança.
  • Scania R 113H, uma versão melhorada da família, também com motor Scania DSC11-23, com as mesmas especificações, incluindo potência e torque, com tração 4X2 traseira (toco), direção hidráulica e cabine curta, mas com opção de cabine estendida ou cabine leito, com peso bruto total de tração de até 60 toneladas, porém limitado na época pela Lei da Balança.
  • Scania R 113E, uma versão melhorada da família, também com motor Scania DSC11-23, com as mesmas especificações, incluindo potência e torque, com tração 6X4 traseira (traçado) ou tração 6X2 traseira (trucado), direção hidráulica e cabine curta, mas com opção de cabine estendida ou cabine leito, com peso bruto total de tração de até 80 toneladas, porém limitado na época pela Lei da Balança.


Lembre-se que para o serviço pesado o mais importante é o torque, nem tanto a potência.


MERCADO

A família de caminhões pesados e semi-pesados Scania 113 foi um grande sucesso de vendas da marca Scania no Brasil, na década de 1990. A maioria das unidades de caminhões fabricadas dessa família ainda está em condições de uso. É uma das famílias de caminhões mais icônicas do Brasil, ainda hoje muito presente em rodovias brasileiras no transporte de cargas médias e pesadas. É muito comum ver exemplares dessa família em rodovias brasileiras, transportando cargas por todo o país.


Os preços dos exemplares usados variam entre R$ 100 mil até 250 mil, dependendo do estado de conservação do veículo, dependendo da motorização e potência, dependendo da configuração de chassi / eixos / tração e dependendo do número de opcionais. Note que se trata de modelos bem valorizados no mercado de usados, principalmente em razão de sua praticidade e confiabilidade mecânica, com alguns relatos de modelos que chegaram a 3.000.000 de quilômetros rodados e ainda em condições de uso.


Na época, durante a década de 1990, o mercado de caminhões leves, médios e pesados era praticamente dominado no Brasil por marcas fortes, como Scania, Mercedes-Benz, Ford e Volvo, com modelos de caminhões movidos a diesel. Na década de 2000, a Scania do Brasil deu um passo adiante, trazendo ao Brasil a 5ª geração de caminhões semi-pesados e pesados, formada pela Série 4, principalmente pelas famílias Scania 94, Scania 114 e Scania 124, também bem vendidas aqui.


No caso específico da família de caminhões Scania 113, da categoria dos semi-pesados e pesados, foram mais de 36.300 unidades fabricadas no Brasil, entre 1991 e 1998. Essa família de caminhões faz parte da Série 3, a 4ª geração de caminhões da marca sueca Scania, iniciada na década de 1980, na Suécia, e 1990, no Brasil, formada por caminhões com cabine ou habitáculo de formato convencional, conhecidos popularmente como Bicudos, ou seja, com motor à frente da cabine do motorista, e cabine avançada, conhecida popularmente como Cara Chata.


Eles têm capacidade para transportar o motorista e um ou dois ajudantes ou acompanhantes, com conforto razoável. Eles apresentam um bom desempenho para uso diário, mas abaixo da performance apresentada pelas opções mais modernas e sofisticadas de caminhões, é claro. Só pra se ter uma ideia, na época, na década de 1990, a potência máxima dos caminhões pesados disponíveis no Brasil pelas grandes marcas Scania, Mercedes-Benz e Volvo, variava entre 350 cavalos e 450 cavalos, e hoje em dia, essa potência pode chegar a incríveis 700 cavalos, em alguns casos.


Atualmente, a Scania do Brasil é uma das líderes nacionais na fabricação de chassis para caminhões semipesados e pesados. Ela também é mundialmente conhecida pela alta qualidade na fabricação de caminhões e uma das líderes mundiais em inovação tecnológica na fabricação de conjuntos de chassis / motores para veículos coletivos para transporte rodoviário de passageiros. Ela atende o mercado latino-americano por meio de 145 concessionárias, principalmente no Brasil, na Argentina e no México.


Aqui no Brasil, a produção total de caminhões em 2017, por exemplo, foi de quase 52.000 unidades, com as principais fabricantes Mercedes-Benz do Brasil, Volkswagen / MAN, Ford do Brasil, Volvo e Scania, nesta ordem decrescente, considerando unidades fabricadas, conseguindo praticamente dominar o mercado nacional, com mais de 90% do market share, enquanto as demais continuavam se esforçando para ganhar terreno, dentre elas algumas notáveis, a Iveco, a Agrale, a DAF, a Hyundai e a Kia, estas duas pertencentes ao mesmo grupo sul-coreano Hyundai.

 

MERCADO BRASILEIRO DE UTILITÁRIOS DE CARGA RODOVIÁRIA (2017)

FABRICANTE

UNIDADES

PARTICIPAÇÃO

Mercedes-Benz

+ d 15.000

Cerca de 29%

Volkswagen / MAN

+ d 14.000

Cerca de 28%

Ford do Brasil

+ de 7.800

Cerca de 15%

Volvo

+ de 5.900

Cerca de 11%

Scania

+ de 5.700

Cerca de 11%

Iveco (Grupo CNH)

+ de 1.900

Cerca de 4%

DAF

+ d 1.040

Cerca de 2%

Agrale

+ d 110

Cerca de 0,5%


Nota: Os números são aproximados e/ou arredondados. Há algum tempo a Ford do Brasil anunciou a intenção de parar a sua fabricação de caminhões. A Agrale é uma marca brasileira. A fabricante chinesa Sinotruk encerrou em 2016 suas atividades de importação / comercialização de veículos utilitários no Brasil.


Em 2023, por exemplo, foram vendidos no Brasil mais de 100.000 unidades de caminhões pesados, semi-pesados, médios e leves. Esse cenário passou por algumas mudanças, com as marcas Iveco e DAF ganhando mercado, principalmente em razão da qualidade dos seus produtos e da saída da marca Ford do mercado brasileiro de caminhões, alguns anos atrás, o que deixou mais espaço para elas crescerem.


MERCADO BRASILEIRO DE UTILITÁRIOS DE CARGA RODOVIÁRIA (2023)

FABRICANTE

UNIDADES

PARTICIPAÇÃO

Volkswagen / MAN

+ d 27.000

Cerca de 25%

Mercedes-Benz

+ d 26.200

Cerca de 25%

Volvo

+ de 19.600

Cerca de 18%

Scania

+ de 12.400

Cerca de 11%

Iveco (Iveco Group)

+ de 9.300

Cerca de 9%

DAF

+ de 8.300

Cerca de 8%

Agrale

+ d 90

Cerca de 0,5%

.




Abaixo, o critério adotado nacionalmente pela Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores para diferenciar as categorias ou segmentos de utilitários pesados, semi-pesados, médios e leves para transporte rodoviário e/ou urbano de cargas:


CRITÉRIO DE SEGMENTAÇÃO DE CATEGORIAS DE UTILITÁRIOS

CATEGORIA

PBT (PESO BRUTO)

OBSERVAÇÃO

Furgões

 

 

Chassi cabine

Até 3,5 toneladas

 

Semileve

De 3,5 ton. até 6 toneladas

 

Leve

De 6 ton. até 10 toneladas

 

Médio

De 10 ton. até 15 toneladas

 

Semipesado

De 15 ton. até 45 toneladas

 

Pesado

A partir de 45 toneladas

 

Cavalo mecânico

 

 

Fonte: Anfavea


FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS


SCANIA R 113E (6X4)

  • Cabine: Simples ou estendida / leito;
  • Assentos: 1 motorista e 1 ou 2 auxiliares ou acompanhantes;
  • Tipo: Cavalos mecânico, dentre outras opções;
  • Entre-eixos: 3,8 metros e 4,6 metros;
  • Motorização: DSC11-23 turbodiesel de 11 litros, com intercooler, 6 cilindros em linha e injeção direta de combustível;
  • Taxa de compressão:
  • Potência / torque: 360 cavalos e 165 kgfm;
  • Arrefecimento:
  • Motorização: DSC11-21 turbodiesel de 11 litros, com intercooler, 6 cilindros em linha e injeção direta de combustível;
  • Taxa de compressão:
  • Potência / torque: 320 cavalos e 145 kgfm;
  • Arrefecimento: 47 litros;
  • Câmbio: GR881 / K432-6, banhado a óleo, totalizando 10 marchas à frente;
  • Embreagem: Monodisco a seco, com acionamento hidráulico;
  • Direção: Hidráulica;
  • Sistema elétrico:
  • Alternador:
  • Baterias:
  • Suspensão dianteira:
  • Suspensão traseira:
  • Chassi:
  • Freio principal:
  • Freio reboque:
  • Freio motor:
  • Rodas e pneus:
  • Tanques: 1 X 300 litros (de série);
  • Tomada de força:
  • Peso bruto total do cavalo: 37.000 kg;
  • Peso bruto máximo de tração: 80.000 kg (limitado pela lei);
  • Peso vazio do cavalo: 9.400 kg;
  • Payload ou carga paga: + ou – 27 toneladas, dependendo do peso da carreta;
  • Preço: R$

 

SCANIA R 113H (6X2)

  • Cabine: Simples ou estendida / leito;
  • Assentos: 1 motorista e 1 ou 2 auxiliares ou acompanhantes;
  • Tipo: Cavalos mecânico, dentre outras opções;
  • Entre-eixos: 3,4 metros;
  • Motorização: DSC11-33 turbodiesel de 11 litros, com intercooler, 6 cilindros em linha e injeção direta de combustível;
  • Taxa de compressão:
  • Potência / torque: 360 cavalos e 165 kgfm;
  • Arrefecimento:
  • Motorização: DS11-75 turbodiesel de 11 litros, com 6 cilindros em linha e injeção direta de combustível;
  • Taxa de compressão:
  • Potência / torque: 310 cavalos e 135 kgfm;
  • Arrefecimento: 47 litros;
  • Filtro de ar: A seco, de papel;
  • Câmbio: GR881 / K432-6, banhado a óleo, totalizando 10 marchas à frente;
  • Embreagem: Monodisco a seco, com acionamento hidráulico;
  • Direção: Hidráulica;
  • Tomada de força: EGR-877;
  • Árvore de transmissão: T70 ou P40, tubular, com cardan dinamicamente balanceado;
  • Sistema elétrico:
  • Alternador:
  • Baterias:
  • Suspensão dianteira:
  • Suspensão traseira:
  • Chassi:
  • Freio principal:
  • Freio reboque:
  • Freio motor:
  • Rodas e pneus:
  • Tanques: 1 X 300 litros (de série);
  • Tomada de força:
  • Peso bruto total do cavalo: 26.500 kg (de série) ou 27.000 kg (opcional);
  • Peso bruto máximo de tração: 60.000 kg (limitado pela lei);
  • Peso vazio do cavalo: 7.400 kg;
  • Payload ou carga paga: + ou – 19 toneladas, dependendo do peso da carreta;
  • Preço: R$ 


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Atenção: As informações, conceitos e valores (preços) emitidos neste artigo ou página são apenas de caráter informativo e podem não estar absolutamente precisos e rigorosos, pois esse não é o objetivo do blog. Para informações, conceitos e valores mais precisos e rigorosos entre em contato com o fabricante e/ou com seu representante de vendas.


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Scania_3-series
  • Scania do Brasil (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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