VOLKSWAGEN KOMBI

FAMÍLIA TRANSPORTER (7 GERAÇÕES)
VOLKSWAGEN KOMBI (BRASIL E OUTROS MERCADOS)
VOLKSWAGEN TRANSPORTER (EUROPA E OUTROS MERCADOS)
VOLKSWAGEN MICROBUS (EUA E OUTROS MERCADOS)
VOLKSWAGEN CARAVELLE (EUROPA E AUSTRÁLIA, PRINCIPALMENTE)
VOLKSWAGEN KASTENWAGEN (VERSÃO FURGÃO / EUROPA)
VOLKSWAGEN PRITSCHENWAGEN (VERSÃO PICKUP / EUROPA)
VOLKSWAGEN VOLKSIE BUS (ÁFRICA DO SUL)
VOLKSWAGEN KLEINBUS E SAMBA (DINAMARCA)
VOLKSWAGEN STATION WAGON (NOS EUA)
VOLKSWAGEN TRUCK (VERSÃO PICKUP NOS EUA)
VOLKSWAGEN CAMIONNETTE (NA FRANÇA)
VOLKSWAGEN COMBI E HUIT-PLACES (NA FRANÇA)
VOLKSWAGEN COMBI (NO MÉXICO)
VOLKSWAGEN EUROVAN (EUA, CANADÁ E OUTROS MERCADOS)
VOLKSWAGEN VANAGON (AMÉRICA DO NORTE, CENTRAL E DO SUL)
VOLKSWAGEN VANAGON (NO JAPÃO E OUTROS MERCADOS)
VOLKSWAGEN DANFO E FARAGON (NA NIGÉRIA)
VOLKSWAGEN KAMPEERAUTO (NA HOLANDA, PRINCIPALMENTE)
VOLKSWAGEN CALIFÓRNIA (VÁRIOS MERCADOS)
VOLKSWAGEN MULTIVAN (VÁRIOS MERCADOS)
WESTFALIA CALIFÓRNIA (PRODUÇÃO TERCEIRIZADA)
HIPPIE-MOBILE (APELIDO NOS EUA E OUTROS PAÍSES)
BULLI OU BULLDOG (APELIDO NA EUROPA)
PÃO DE FORMA (APELIDO NO BRASIL E PORTUGAL)
BREADLOAF (APELIDO NOS EUA E INGLATERRA)
TIJOLO (APELIDO NO BRASIL E PORTUGAL)
KLAIPPARI E JEUNAKEULA (APELIDO NA FINLÂNDIA)
AARDAPPELKIST (APELIDO NA HOLANDA)
PONORKA (APELIDO NA REPÚBLICA TCHECA)
VELHA SENHORA (APELIDO NO BRASIL E PORTUGAL)
PLATAFORMA T1 OU TIPO 2 (1ª GERAÇÃO)
PLATAFORMA T2 OU TIPO 2 (2ª GERAÇÃO)
PLATAFORMA T3 OU TIPO 2 (3ª GERAÇÃO)
PLATAFORMA T4 (4ª GERAÇÃO)
PLATAFORMA T5 (5ª GERAÇÃO)
PLATAFORMA T6 (6ª GERAÇÃO)
PLATAFORMA T7 (7ª GERAÇÃO)


INTRODUÇÃO

A clássica e icônica Volkswagen Kombi de 1ª geração é um modelo de veículo do tipo van e comercial leve (inclusive com opções de pickups ou picapes e furgões) de construção monobloco, motorização boxer traseira refrigerada a ar e tração traseira, com capacidade para transportar com conforto razoável até nove pessoas, incluindo o condutor, com sua 1ª geração criada e desenvolvida na década de 1940, na Alemanha, e fabricada em série e em larga escala a partir da década de 1950 na Alemanha, no Brasil, na Austrália e na África do Sul.


Já a inteligente e prática Volkswagen Kombi de 2ª geração, semelhante à 1ª geração em vários aspectos, mas já com algumas modificações e melhorias na suspensão, no monobloco, no motor e câmbio, nos assentos e no painel, foi fabricada em série e em larga escala a partir das décadas de 1960, 1970 e 1980 na Alemanha, no México, na Austrália, no Brasil, na África do Sul e na Argentina, respectivamente.


As duas primeiras gerações da Volkswagen Kombi estiveram disponíveis no Brasil nas décadas de 1950, 1960, 1970, 1980, 1990 e 2010 com inúmeras versões, principalmente com carrocerias do tipo van, pickup ou picape e furgão, principalmente com motor boxer a gasolina e/ou etanol (dependendo do modelo e do ano de fabricação) e refrigerado a ar, até a década de 2000, quando ganhou um motor refrigerado a água.


De modo geral, essas duas primeiras gerações fazem parte da família Volkswagen Transporter e foram comercializadas no Brasil com duas portas laterais dianteiras, para motorista e passageiros do assento dianteiro, acrescentadas às duas ou quatro portas laterais traseiras, neste caso sendo duas de cada lado, com abertura convencional ou articulada, ou com uma ou duas portas laterais corrediças, neste caso sendo uma de cada lado.


Essas duas primeiras gerações possuíam plataforma Transporter T1 ou Volkswagen T1 e Transporter T2 ou Volkswagen T2, respectivamente, ambas criadas e desenvolvidas pelo Grupo Volkswagen e se tornaram um grande sucesso de vendas. A gigante fabricante multinacional alemã Volkswagen A.G. aproveitou as motorizações do tipo boxer e as opções de câmbio do pequeno Volkswagen Fusca para tracionar a Volkswagen Kombi, aproveitando também, sempre que possível, outros mecanismos do Fusca.


Trata-se da família de vans mais vendida do mundo, totalizando sete gerações até o momento, com mais de 12.000.000 de unidades fabricadas na Alemanha, no Brasil, na Austrália, no México, na África do Sul, na Polônia, na Indonésia, em Taiwan, na Malásia, na Áustria, nas Filipinas e na Rússia, em mais de 74 anos de produção contínua, quase sem interrupções.


Aqui no Brasil, foram mais de 1.500.000 unidades fabricadas entre 1957 e 2013, o primeiro modelo de automóvel com a marca Volkswagen fabricado no Brasil, sendo que parte dessa produção foi exportada principalmente para países sul-americanos, como, por exemplo, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile e Peru, com inúmeras versões, incluindo com motorizações a gasolina, a álcool combustível ou etanol, diesel e flex, neste caso para usar gasolina e/ou etanol em qualquer proporção.


Considerando apenas o mercado ocidental (principalmente Europa Ocidental, América do Norte e América do Sul) de vans e furgões nas décadas de 1950, 1960 e 1970, as principais concorrentes da Volkswagen Kombi foram a Citroen H, a DKW F89, a Peugeot D3 e Peugeot D4, a Tempo Matador (sim, caro leitor, esse era o nome do veículo, pode acreditar), a Fiat 1100 T, a Ford Transit / FK 1000, a GM Bedford CA, a Renault Stafette, a Chevrolet Greenbrie, a Ford Série E e Dodge A100.


Mais tarde, já nas décadas de 1980, 1990, 2000 e 2010, as principais concorrentes ocidentais (incluindo Estados Unidos, Canadá e Europa) dos modelos de vans e furgões da família Volkswagen Transporter foram a Mercedes-Benz Sprinter, a Citroen Jumper, a Iveco Daily, a Fiat Ducato, a Renault Master, a Peugeot Boxer, a Kia Besta, a Asia Topic e a Ford Transit. Porém, a maioria desses modelos citados neste parágrafo só chegaram no Brasil a partir da década de 1990 e foram sucessos de vendas aqui.


Atualmente, aqui no Brasil, a Volkswagen do Brasil disponibiliza a moderna Volkswagen Id.Buzz, um modelo de automóvel totalmente elétrico para transportar confortavelmente até sete ocupantes em três fileiras de bancos.


A Volkswagen Kombi deixou de ser fabricada no Brasil em 2013 e de lá pra cá a família Volkswagen Transporter não voltou oficialmente ao Brasil.


O GRUPO VOLKSWAGEN

O grupo alemão Volkswagen AG é um dos maiores fabricantes de automóveis e utilitários do mundo, incluindo caminhões e ônibus. Também fazem parte do Grupo Volkswagen a Porsche, famosa fabricante de automóveis esportivos de alto luxo; a Scania e a MAN, duas grandes e conhecidas fabricantes de caminhões para transporte rodoviário de cargas; a Audi, uma das maiores e mais conceituadas fabricantes de automóveis de alto luxo do planeta; a Lamborghini, da Itália, uma fabricante de automóveis esportivos de alto luxo; a Seat, uma fabricante espanhola de automóveis populares; e a Ducati, uma fabricante de motos premium, de alta performance.


Em 2017 e 2018, por exemplo, o Grupo Volkswagen foi o maior fabricante de automóveis do planeta, com mais de 10.400.000 e mais de 10.080.000 unidades fabricadas, respectivamente, incluindo os números de vendas da Audi, da Seat e da Porsche. Em 2019, o Grupo Volkswagen fabricou mais de 10.900.000 unidades, com mais de € 234 bilhões de receita bruta (o equivalente a mais de US$ 262 bilhões) e mais de 640.000 empregados, enquanto a Volkswagen do Brasil foi a segunda maior fabricante de automóveis do Brasil, com mais 414.000 unidades fabricadas.


Aqui no Brasil, em 2016, por exemplo, a Volkswagen do Brasil foi a terceira maior fabricante de veículos do Brasil, com quase 230.000 unidades fabricadas.


Atualmente, o Grupo Volkswagen possui 342 empresas subsidiárias, no total, em todos os continentes, comercializando seus produtos em mais de 150 países, com mais de 100 instalações de engenharia, desenvolvimento e produção de veículos e motores, em 27 países. A holding alemã Grupo Volkswagen é controlada pelo Governo Alemão, pela Família Porsche e pelo fundo de investimentos governamental árabe Qatar Investments, do Governo do Qatar.


Por razões óbvias, o Grupo Volkswagen anunciou, em 2022, que todas as suas marcas estavam abandonando o mercado russo de automóveis e utilitários...


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

O nome Volkswagen Transporter é utilizado, atualmente, pela gigante europeia Volkswagen A.G. para a 7ª geração da sua moderna família de veículos comerciais leves, com carrocerias dos tipos furgão e van, para transporte urbano e rodoviário de passageiros e cargas leves, mas com a inesquecível 1ª geração conhecida aqui no Brasil, a partir da década de 1950, como Volkswagen Kombi, criada e desenvolvida a partir da década de 1940 na Alemanha e lançada na Alemanha e no Brasil na década de 1950, um dos maiores sucessos da indústria automobilística ou automotiva mundial, na época um dos veículos mais vendidos do mundo, um sucesso inquestionável de vendas.


Ela foi o primeiro modelo de automóvel (ou comercial leve, se você preferir) com carroceria monobloco da marca Volkswagen, lembrando que, na época, quase todos os veículos produzidos pela marca alemã possuíam carrocerias construídas sobre chassi, como o Volkswagen Fusca, por exemplo. Ela foi o primeiro modelo de automóvel da marca Volkswagen fabricado no Brasil, a partir de 1957, o modelo que inaugurou sua fábrica em São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo, com a 2ª geração lançada aqui em 1976, não muito diferente da 1ª geração, mas com várias melhorias e modernizações.


Porém, infelizmente, na década de 1990, a Volkswagen do Brasil não quis trazer a 4ª geração da família Volkswagen Transporter para o Brasil, muito mais moderna que as três primeiras gerações, inclusive com motorização dianteira, refrigerada a água, e tração dianteira, o que resultou em perda gradativa de mercado a partir da década de 1990, com a abertura do mercado brasileiro para automóveis importados, com a chegada das concorrentes Mercedes-Benz Sprinter, Citroen Jumper, Iveco Daily, Fiat Ducato, Renault Master, Peugeot Boxer, Kia Besta e Asia Topic, muito mais modernas que a Volkswagen Kombi de 2ª geração, à venda no Brasil na época.


A graciosa 1ª geração da Volkswagen Kombi foi fabricada em série e em larga escala a partir de 1950 na Alemanha e a partir de 1957 no Brasil e as unidades fabricadas no Brasil eram praticamente idênticas às unidades fabricadas na Alemanha, com carroceria monobloco leve e cabine avançada (assento do motorista posicionado à frente do eixo dianteiro), inicialmente com o velho (mas confiável) motor Volkswagen Boxer 1.1 B4 de 1.131 cilindradas, com quatro cilindros horizontais opostos e arrefecido a ar, com modestíssimos 25 cavalos de potência e 7 kgfm de torque, combinado com câmbio manual de 4 velocidades ou marchas, o suficiente para o veículo alcançar apenas 80 km/h em rodovias pavimentadas não íngremes.


Já a graciosa 2ª geração da Volkswagen Kombi, com a mesma capacidade de ocupantes da geração anterior, foi fabricada em série e em larga escala a partir de 1967 na Alemanha e a partir de 1976 no Brasil e as unidades fabricadas no Brasil eram semelhantes às unidades fabricadas na Alemanha, também com carroceria monobloco leve e cabine avançada (assento do motorista posicionado à frente do eixo dianteiro), mas agora com para-brisa inteiriço, portas e janelas dianteiras redesenhadas, suspensão amplamente melhorada e freios traseiros a tambores com assistência, e agora com o motor Volkswagen Boxer 1.6 B4 de 1.584 cilindradas, com quatro cilindros horizontais opostos e arrefecido a ar, com potência melhorada para 47 cavalos de potência e 10 kgfm de torque, combinado com câmbio manual de 4 velocidades ou marchas, o suficiente para o veículo alcançar 120 km/h em rodovias pavimentadas.


Foram inúmeras melhorias e modernizações introduzidas gradativamente nesta 2ª geração da Volkswagen Kombi, aqui no Brasil, até 2013, quando saiu de linha definitivamente, incluindo injeção eletrônica, portas laterais corrediças e motor flex, capaz de ser abastecido com gasolina e/ou etanol, em qualquer proporção.


A FAMÍLIA TRANSPORTER

A moderna e longeva família de comerciais leves Volkswagen Transporter é composta por 7 gerações de veículos do tipo comerciais leves (vans, furgões e pickups) que, por mais de 74 anos recebeu inúmeras denominações, incluindo Volkswagen Microbus (nos Estados Unidos, principalmente), Volkswagen Transporter (na Europa e outros mercados), Volkswagen Kombi (no Brasil, principalmente), Volkswagen Volksie Bus (na África do Sul, principalmente), Volkswagen Station Wagon (nos Estados Unidos, principalmente), Volkswagen Kleinbus (na Dinamarca, principalmente), Volkswagen Samba (na Europa, principalmente), Volkswagen Truck (versão pickup ou picape, principalmente nos Estados Unidos), Volkswagen Camionnette e Huit-Places (na França, principalmente), Volkswagen Combi (no México, principalmente), Volkswagen Eurovan (nos Estados Unidos e outros mercados), Volkswagen Caravelle (na Europa e na Austrália, principalmente), Volkswagen Kampeerauto (na Holanda, principalmente) e Volkswagen Califórnia (em vários mercados), dentre outros nomes, com cada geração apresentando propostas bem semelhantes, quase idênticas, sem grandes diferenças de carroceria, suspensão, motorização e câmbio dentro de cada geração.


Antes de continuar este post, é importante que o leitor do blog entenda que a família Volkswagen Transporter vai muito além da conhecidíssima Volkswagen Kombi, comercializada por décadas aqui no Brasil, ela não se reduz à Volkswagen Kombi, pois são 7 gerações de veículos do tipo comercial leve (principalmente vans urbanas e rodoviárias e furgões de carga leve) fabricadas desde a década de 1950 em todos os continentes do planeta, com modernizações gradativas a cada nova geração lançada, chegando, a partir da década de 1990, a partir da 4ª geração, às motorizações dianteiras arrefecidas a água, tanto a gasolina quanto diesel, com tração dianteira e, em alguns mercados, com tração 4X4 em algumas versões.


No caso específico das 1ª e 2ª gerações da família Volkswagen Transporter, comercializadas aqui no Brasil apenas como o nome Volkswagen Kombi, trata-se basicamente de veículos comerciais leves com carroceria monobloco em aço, para transporte urbano e rodoviário de passageiros e cargas leves, inclusive para transporte escolar, com fabricação em série iniciada em 1950 e 1967, na Alemanha, respectivamente, e 1957 e 1976, respectivamente, embora os modelos de 1ª geração já estivessem sendo montados e comercializados no Brasil, a partir de 1953, por meio de licenciamento para a indústria brasileira Brasmotor / Brastemp.


VOLKSWAGEN KOMBI (1ª GERAÇÃO)

O clássico comercial leve Volkswagen Transporter de 1ª geração, conhecido aqui no Brasil como Volkswagen Kombi, foi projetado em 1947 pelos designers alemão Alfred Haesner e holandês Ben Pon, a partir da percepção do então presidente do Grupo Volkswagen Heinrich Nordhoff e do major Ivan Hirst (na época, a Volkswagenwerk A.G. era tutelada pelos governos britânico e americano) sobre o mercado europeu de comerciais leves, principalmente vans para transporte de passageiros e furgões para transporte de cargas leves, com ênfase em aspectos de praticidade, economia e versatilidade, com construção da carroceria de aço convencional avançada (a palavra avançada, usada neste contexto, tem o sentido de assento do motorista fixado à frente do eixo-dianteiro) montada sobre a então novíssima plataforma Volkswagen T1 ou Transporter T1, formando um conjunto coeso, resistente e leve, com ótimo aproveitamento de espaço interno, considerando os padrões da época, é claro, e ótima distribuição de peso sobre os eixos dianteiro e traseiro, próxima de 50% para cada eixo, com entre-eixos de 2,4 metros e comprimento total de 4,3 metros, na época com duas portas laterais dianteiras para acesso do motorista e até dois passageiros do assento dianteiro, e pelo menos duas portas laterais articuladas para acesso dos demais passageiros da segunda e terceira fileiras de assentos, totalizando até 9 ocupantes (3+3+3), tudo isso combinado com a motorização traseira Volkswagen Boxer 1.1 B4 compacta a gasolina de quatro cilindros horizontais opostos e refrigerados a ar, montada sobre o eixo traseiro, com apenas 1.131 cilindradas, com apenas 25 cavalos de potência e 7 kgfm de torque, combinada com câmbio manual de 4 velocidades ou marchas e tração traseira.


Tratava-se de um produto de perfil predominantemente popular, a principal especialidade da marca Volkswagen na época, projetado sem complicações desnecessárias, para ser produzido em larga escala. Ele era o segundo produto civil da marca Volkswagen, atrás apenas do Volkswagen Fusca. A aerodinâmica não era das melhores, mas algo perdoável em se tratando de um comercial leve com configuração de van e/ou furgão, com CX de 0,44, um número tolerável, dependendo do contexto. A configuração da suspensão foi pensada para traduzir robustez e simplicidade, com eixo dianteiro com barras de torção transversais, uma de cada lado, e eixo traseiro com barra de torção, com semieixo oscilante, um conjunto pouco confortável, mas dentro das expectativas de robustez da época, uma necessidade da época. Todo esse conjunto pesava cerca de 800 kg, relativamente leve, mas o mais impressionante era a capacidade de carga, de cerca de 800 kg, ou seja, ela conseguia transportar o seu próprio peso em rodovias pavimentadas não íngremes, lentamente, é verdade, mas conseguia.


Aqui no Brasil a icônica van popular Volkswagen Kombi começou a ser importada da Alemanha em 1951, apenas um ano depois do início da sua fabricação seriada na Alemanha, com montagem no Brasil a partir de 1953 pela Brasmotor / Brastemp (sim, ela mesma, a fabricante dos icônicos refrigeradores), por meio de contrato de representação e importação de kits de montagem do tipo CKD, mas o sucesso do veículo aqui apressou os planos da fabricante alemã de criar a sua primeira fábrica de automóveis fora da Alemanha. E o modelo escolhido para inaugurar sua linha de montagem brasileira, conhecida como Fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo – S.P., foi ela mesma, a Velha Senhora chamada Kombi, que na época era novíssima e moderna. Ela começou a ser fabricada em série em 1957, mas a inauguração da fábrica só ocorreu em 1959, com uma solene cerimônia que contou com a presença do então presidente da República Juscelino Kubitschek e do então presidente da Volkswagenwerk A.G. (a razão social da Volkswagen na época) Heinrich Nordhoff.


O nome Kombi é uma alusão ao termo em alemão kombinationsfahrzeug, que pode ser traduzido como veículo multiuso. O sucesso da Volkswagen Kombi e do Volkswagen Fusca (na época ainda chamado Volkswagen Sedan) no Brasil nas décadas de 1960 e 1970 resultou na maior rede de concessionárias de veículos em território nacional, com mais de 800 unidades, incluindo vendas de veículos novos e oficinas de manutenção. Aqui no Brasil, o índice de nacionalização dos modelos Volkswagen Kombi que saíam da linha de montagem brasileira começou com 50% na década de 1960 para alcançar mais de 90% nas décadas seguintes.


Na prática, a Volkswagen Kombi era o único modelo de van disponível no mercado brasileiro, portanto a marca Volkswagen “nadou de braçada” nesse mercado, sem praticamente nenhum rival à altura. Essa 1ª geração começou a sair da linha de montagem com direção sem assistência hidráulica. Ela possui 3,5 m³ de capacidade de carga, com peso distribuído equilibradamente (50%) entre os dois eixos, traseiro e dianteiro. A carroceria possui 24 centímetros de vão livre do solo.


A partir de 1953, a Volkswagen Transporter de 1ª geração, fabricada na Alemanha, ganhou motor Volkswagen 1.2 B4 Boxer a gasolina, de quatro cilindros horizontais opostos e refrigeração a ar, agora com 30 cavalos de potência e 8 kgfm de torque, com câmbio manual de quatro velocidades ou marchas, com velocidade máxima de 90 km/h. O estepe passou a ser fixado atrás do banco dianteiro, o bocal de combustível foi reposicionado e as rodas diminuíram para 15 polegadas. Alguns anos depois, em 1960, a marca Volkswagen comemorou 1.000.000 de unidades fabricadas da Volkswagen Transporter, seguida, em 1963, de mais algumas melhorias, incluindo o motor Volkswagen 1.5 B4 Boxer a gasolina, agora com 42 cavalos de potência e 9 kgfm de torque, com câmbio manual de quatro velocidades, com velocidade melhorada para 100 km/h, além de receber um medidor de combustível, pois os modelos anteriores não possuíam esse item no painel de instrumentos, e receber um sistema elétrico de 12 volts.


Essas melhorias citadas logo acima chegaram aos modelos Volkswagen Kombi fabricados no Brasil alguns anos depois de terem sido introduzidas na Europa.


Uma versão com carroceria do tipo pickup ou picape da Volkswagen Kombi de 1ª geração também foi fabricada em série e em larga escala na Alemanha e no Brasil, ela foi comercializada em vários países, principalmente na Europa e na América Latina, incluindo o Brasil.


Além da Alemanha e do Brasil, a Volkswagen Transporter / Volkswagen Kombi de 1ª geração também foi fabricada na África do Sul e na Austrália.


VOLKSWAGEN KOMBI (2ª GERAÇÃO)

O também clássico comercial leve Volkswagen Transporter de 2ª geração, conhecido aqui no Brasil como Volkswagen Kombi, teve sua fabricação em série e em larga escala iniciada em 1967 na Alemanha e em 1976 no Brasil, com uma boa variedade de melhorias e modernizações em relação à 1ª geração, mas, basicamente, com a plataforma Volkswagen T2 ou Transporter T2, que é semelhante à plataforma da geração anterior e, consequentemente, com monobloco semelhante, exceto em alguns aspectos, como, por exemplo, a suspensão.


Ele nasceu a partir da percepção do Grupo Volkswagen sobre o mercado europeu, latino-americano, africano e oceânico (relativo à Oceania, ou seja, Austrália e países vizinhos) de comerciais leves, principalmente vans para transporte de passageiros e furgões para transporte de cargas leves, com ênfase em aspectos de praticidade, economia e versatilidade, com construção da carroceria de aço convencional avançada (também em um sentido específico) montada sobre a plataforma Volkswagen T2 ou Transporter T2, também formando um conjunto coeso, resistente e leve, com ótimo aproveitamento de espaço interno, com ótima distribuição de peso sobre os eixos dianteiro e traseiro, mantendo quase as mesmas dimensões da geração anterior, com duas portas laterais dianteiras para acesso do motorista e até dois passageiros do assento dianteiro, e pelo menos duas portas laterais articuladas para acesso dos demais passageiros da segunda e terceira fileiras de assentos, totalizando até 9 ocupantes (3+3+3), mas agora com motorização traseira Volkswagen 1.6 B4 Boxer compacta a gasolina de quatro cilindros horizontais opostos e refrigerados a ar, também montada sobre o eixo traseiro, agora com 1.584 cilindradas, com 47 cavalos de potência e 10 kgfm de torque, combinada com câmbio manual de 4 velocidades ou marchas e tração traseira.


Também tratava-se de um produto de perfil predominantemente popular, projetado sem complicações desnecessárias, para ser produzido em larga escala e vendido aos milhares. A aerodinâmica manteve-se quase a mesma da geração anterior, com CX de 0,44 para as versões furgão e van, um número tolerável, dependendo do contexto. A configuração da suspensão mudou e melhorou, agora com braços arrastados na traseira, principalmente para melhorar a estabilidade em curvas em rodovias, pois a geração anterior tinha limitação nesse sentido. Todo esse conjunto pesa cerca de 1.200 kg, mais pesado que geração anterior, mas ainda relativamente leve em relação a outros modelos da mesma categoria, com capacidade de carga aumentada para 1.000 kg.


A partir de 1967 e 1976, na Alemanha e no Brasil, a popular Volkswagen Transporter e Volkswagen Kombi, respectivamente, estava maior, com 20 centímetros a mais de comprimento; mais confortável e mais graciosa nesta 2ª geração, agora com para-brisa inteiriço; e com portas dianteiras e laterais redesenhadas, com vidros totalmente escamoteáveis e com novo desenho; e mais completa, com um número maior de itens de segurança, desempenho e conforto, mantendo os freios a tambores na frente e atrás, mas agora com assistência para maior eficiência de frenagem; lanternas traseiras com luzes de direção maiores atrás; para-choques mais largos; pneus diagonais (ainda não eram radiais) mais largos, com 7,3X14; introdução de juntas homocinéticas (a partir de 1979), bancos com encostos de cabeça (a partir de 1983) e adoção de dois carburadores (a partir de 1978).


Na prática, a Volkswagen Kombi continuava sendo o único modelo de van disponível no mercado brasileiro nas décadas de 1970 e 1980, portanto a marca Volkswagen continuava à vontade nesse mercado, sem praticamente nenhum rival à altura.  Assim como sua antecessora de 1ª geração, ela possui 3,5 m³ de capacidade de carga, com peso distribuído equilibradamente (50%) entre os dois eixos, traseiro e dianteiro. A carroceria continua com 24 centímetros de vão livre do solo.


A partir de 1976, a Volkswagen Kombi de 2ª geração, fabricada no Brasil, ganhou motor Volkswagen 1.6 B4 Boxer a gasolina, de quatro cilindros horizontais opostos e refrigeração a ar, agora com 47 cavalos (posteriormente, alguns anos depois, aumentado para 52 cavalos) de potência e 10 kgfm de torque, com câmbio manual de quatro velocidades ou marchas, com velocidade máxima de 120 km/h na rodovia. Ela ganhou faróis circulares, em substituição aos faróis ovalados da geração anterior.


Em 1973, a Volkswagen do Brasil fez uma tentativa de introduzir uma versão com motor a diesel na Volkswagen Kombi, sem sucesso comercial. Alguns anos depois, foi realizada a tentativa bem sucedida de introdução do motor a álcool combustível e/ou etanol, principalmente em razão dos incentivos governamentais da época (Proálcool) para automóveis com esse tipo de motorização, no caso da Kombi com 60 cavalos de potência.


Em 1983, a Volkswagen Kombi ganhou novo desenho do painel, mais moderno, cintos de segurança de três pontos para motorista e passageiro do assento dianteiro. Em 1992, foi introduzido o catalisador na Kombi, principalmente para atender às normas de emissões de poluentes. Além disso, na década de 1990 a Kombi recebeu os freios a discos nas rodas dianteiras. Finalmente, em 1997, chegou à Volkswagen Kombi brasileira a tão esperada porta corrediça lateral para acesso dos passageiros, um item já presente na Volkswagen Transporter europeia desde 1967, acompanhadas de teto elevado em 10 centímetros, principalmente para melhorar o espaço interno do veículo. Além disso, o estepe saiu da posição atrás do assento do motorista e foi para o porta-malas traseiro, acima do motor. Porém, a capacidade diminuiu de 9 para 7 pessoas, pois o assento dianteiro deixou de ter três lugares (motorista + dois passageiros) e passou a ter dois lugares (motorista + um passageiro) e o assento central também deixou de ter três lugares.


A partir da década de 1990 a Volkswagen do Brasil passou a sentir o peso da concorrência de automóveis importados de outras marcas, incluindo as modernas vans da Mercedes-Benz, da Renault, da Fiat, da Citroen, da Kia e da Peugeot, e das exigências governamentais (Proconve / Conama / Contran, por exemplo) de emissões de poluentes e de segurança sobre os automóveis que fabricava, incluindo a Volkswagen Kombi, o que a pressionava a introduzir na Kombi mais modernizações e melhorias, incluindo a injeção eletrônica (a partir de 1998); os pneus radiais 185/80 R14 (a partir de 1997) e, finalmente, até que enfim, antes tarde do que nunca, o motor Volkswagen AE-111 1.4L refrigerado a água, com quatro cilindros em linha, com injeção eletrônica, comando de válvulas no cabeçote, controle eletrônico do acelerador e ignição direta, com potência de 78 cavalos e 12 kgfm de torque, com aceleração de 0 a 100 km/h em 16 segundos, uma redução de 10 segundos em relação aos modelos anteriores, com motor boxer refrigerado a ar.


Dá pra dizer sim que essa última versão da Volkswagen Kombi melhorou bem em relação às versões anteriores, mas, do ponto de vista puramente técnico, ela não tinha condições de competir em pé de igualdade com a Mercedes-Benz Sprinter, a Renault Master, a Fiat Ducato, a Citroen Jumper, a Kia Besta e a Peugeot Boxer, muito mais modernas. Por outro lado, do ponto de vista mercadológico, a Volkswagen Kombi continuava imbatível, acredite, principalmente em razão do preço de aquisição mais baixo. Porém, a partir de 2013, a produção da Kombi foi encerrada pela Volkswagen do Brasil, pois, entre outros motivos, ela não podia receber um sistema de airbag duplo frontal, uma exigência governamental. Não apenas a velha Kombi saía de linha por esse motivo (um motivo justo, na verdade, sejamos francos aqui), mas o bom e velho Fiat Uno Mille também saía de linha, pois também não podia receber o airbag duplo frontal.


Uma versão com carroceria do tipo pickup ou picape da Volkswagen Kombi de 2ª geração também foi fabricada em série e em larga escala na Alemanha e no Brasil, ela foi comercializada em vários países, principalmente na Europa e na América Latina, incluindo o Brasil. Uma versão pickup com motorização a diesel foi introduzida em 1983, aqui no Brasil.


Além da Alemanha e do Brasil, a Volkswagen Transporter / Volkswagen Kombi de 2ª geração também foi fabricada na África do Sul, na Austrália, no México e na Argentina.


TRANSPORTER (3ª GERAÇÃO)

Como dito anteriormente, neste mesmo post, a família Volkswagen Transporter foi muito além da Volkswagen Kombi, pois são 7 gerações no total, sendo que no Brasil apenas as duas primeiras gerações dessa família foram fabricadas e comercializadas. Como o foco principal deste blog é o mercado brasileiro de automóveis, apenas um breve resumo sobre as demais gerações será apresentado aqui.


O clássico comercial leve Volkswagen Transporter de 3ª geração teve sua fabricação em série e em larga escala iniciada em 1980 na Alemanha, com uma grande variedade de melhorias e modernizações em relação à 2ª geração da mesma família, mas agora, basicamente, com a plataforma Volkswagen T3 ou Transporter T3, que é semelhante à plataforma da geração anterior, embora com aspecto estético do monobloco ou carroceria totalmente diferente, mas mantendo ainda a configuração clássica de motor boxer traseiro refrigerado a ar, fixado sobre o eixo traseiro, combinado com câmbio manual de quatro velocidades ou marchas e tração traseira.


Ele nasceu a partir da percepção do Grupo Volkswagen sobre o mercado europeu, latino-americano, norte-americano (incluindo Estados Unidos), africano e oceânico (relativo à Oceania) de comerciais leves, principalmente vans para transporte de passageiros e furgões para transporte de cargas leves, com ênfase em aspectos de praticidade, economia e versatilidade, com construção da carroceria de aço convencional avançada (também em um sentido específico) montada sobre a plataforma Volkswagen T3 ou Transporter T3, também formando um conjunto coeso, resistente e leve, com ótimo aproveitamento de espaço interno, mas ainda com 2,4 metros de entre-eixos, com ótima distribuição de peso sobre os eixos dianteiro e traseiro, com dimensões um pouco maiores que as dimensões da geração anterior, cerca de 20 centímetros a mais, com duas portas laterais dianteiras para acesso do motorista e passageiro do assento dianteiro, mas agora com uma ampla porta corrediça lateral para acesso dos demais passageiros da segunda e terceira fileiras de assentos, totalizando até 8 ocupantes (2+3+3), ainda com a velha motorização traseira Volkswagen Boxer 1.6 B4 compacta a gasolina de quatro cilindros horizontais opostos e refrigerados a ar, com 1.584 cilindradas, com 50 cavalos de potência e 11 kgfm de torque, combinada com câmbio manual de 4 velocidades ou marchas e tração traseira, ou com a motorização traseira Volkswagen Boxer 2.0 B4 compacta a gasolina de quatro cilindros horizontais opostos e refrigerados a ar, com 1.970 cilindradas, carburador duplo ou injeção eletrônica, com 70 cavalos e 14 kgfm, resultando em um veículo com melhor performance.


A configuração da suspensão mudou e melhorou, agora independente na dianteira, com braços duplos sobrepostos, molas helicoidais e amortecedores, e independente na traseira, com braços arrastados e molas helicoidais, principalmente para melhorar a estabilidade em curvas em rodovias. Todo esse conjunto, agora maior, com 4,6 metros de comprimento, pesa cerca de 1.400 kg, mais pesado que a geração anterior, principalmente em razão de inúmeras melhorias estruturais em relação à geração anterior, como, por exemplo, zonas de deformação na dianteira e traseira e barras de proteção estruturais para o caso de impactos frontal e lateral ou capotamento.


A partir de 1980, na Alemanha, a popular Volkswagen Transporter, estava maior, mais bonita, mais confortável e mais segura, com 20 centímetros a mais de comprimento em relação à geração anterior; agora com desenho externo e interno mais retilíneo, uma tendência estética do universo automotivo na década de 1980, com porta lateral corrediça, inclusive, e mais completa, com um número maior de itens de segurança, desempenho e conforto, incluindo freios dianteiros a discos e traseiros a tambores; caixa de direção com pinhão e cremalheira, com assistência hidráulica, uma novidade na família Volkswagen Transporter, na época; piloto automático (opcional); vidros elétricos (opcional), trava central elétrica (opcional) e alarme (opcional); dentre outros itens.


A partir de 1983, a Volkswagen Transporter de 3ª geração, fabricada principalmente na Alemanha, recebia motor refrigerado a água para atender alguns mercados, como, por exemplo, Estados Unidos, um mercado mais exigente. Ela também foi comercializada com motor a diesel, a partir de 1982, e pelo menos uma versão dela saía de fábrica com tração 4X4, para atender mercados específicos. Os freios ABS chegaram em 1985, disponíveis como item opcional.


Além da Alemanha, a Volkswagen Transporter de 3ª geração também foi fabricada na África do Sul e na Áustria, neste caso específico sob contrato de terceirização de produção. Infelizmente, essa geração nunca chegou ao Brasil. Uma pena, pois tratava-se de um carro superior à Volkswagen Kombi de 2ª geração.


TRANSPORTER (4ª GERAÇÃO)


O ainda moderno comercial leve Volkswagen Transporter de 4ª geração teve sua fabricação em série e em larga escala iniciada em 1990 na Alemanha, com uma grande variedade de melhorias e modernizações em relação à 3ª geração da mesma família, agora, basicamente, com uma plataforma totalmente nova, a moderna Volkswagen T4 ou Transporter T4, muito mais moderna que a plataforma anterior, com motor dianteiro refrigerado a água combinado com câmbio manual de cinco velocidades ou marchas ou automático de quatro velocidades e tração dianteira ou tração 4X4, com aspecto estético do monobloco ou carroceria totalmente diferente da geração anterior, mais bonita e com aspecto mais moderno.


Ele nasceu a partir da percepção do Grupo Volkswagen sobre o mercado europeu, latino-americano, norte-americano (incluindo Estados Unidos), africano, sudeste-asiático (incluindo Indonésia, Malásia e Filipinas) e oceânico (relativo à Oceania) de comerciais leves, principalmente vans para transporte de passageiros e furgões para transporte de cargas leves, com ênfase em aspectos de praticidade, economia e versatilidade, com construção da carroceria de aço montada sobre a moderna plataforma Volkswagen T4 ou Transporter T4, também formando um conjunto coeso, resistente e leve, com ótimo aproveitamento de espaço interno, agora com opções de 2,4 metros ou 3,3 metros de entre-eixos, com opções de 4,7 metros ou 5,2 metros de comprimento, com duas portas laterais dianteiras para acesso do motorista e passageiro do assento dianteiro e uma ampla porta corrediça lateral para acesso dos demais passageiros da segunda e terceira fileiras de assentos, totalizando até 8 ocupantes (2+3+3), uma das mais confortáveis opções de vans da época.


Uma renovada família de motores Volkswagen com injeção eletrônica de combustível, principalmente gasolina, foi utilizada para tracionar a 4ª geração da família Volkswagen Transporter, agora toda refrigerada a água. O consumidor tinha acesso a um leque variado de opções de motores modernos, leves, potentes e eficientes no consumo energético, incluindo o Volkswagen CAA 2.0 L4 SOHC aspirado, de quatro cilindros em linha e 1.968 cilindradas, com 84 cavalos de potência e 16 kgfm de torque, principalmente para as versões da Volkswagen Transporter com entre-eixos curto; e o Volkswagen AAF / UA 2.5 L5 SOHC aspirado, de cinco cilindros em linha e 2.461 cilindradas, com 108 cavalos e 19 kgfm, mais adequado para as versões com entre-eixos longo, portanto mais pesadas


A suspensão é independente na dianteira, com braços duplos sobrepostos, molas helicoidais e amortecedores, e independente na traseira, com braços arrastados e molas helicoidais, principalmente para melhorar a estabilidade em curvas em rodovias.


A partir de 1990, a Volkswagen Transporter de 4ª geração, fabricada principalmente na Alemanha, recebia motor refrigerado a água para atender vários mercados mundiais, incluindo os Estados Unidos, um mercado exigente. Ela também foi comercializada com motor a diesel, motor turbodiesel e motor VR6 2.8 V6 a gasolina, com pelo menos uma versão com tração 4X4 de fábrica, para atender mercados específicos.


Além da Alemanha, a Volkswagen Transporter de 4ª geração também foi fabricada na Polônia, na Indonésia, em Taiwan, na Malásia e nas Filipinas, principalmente para atender a Europa, América do Norte e Ásia. Infelizmente, essa geração nunca chegou ao Brasil. Uma pena, pois tratava-se de um carro muito superior à Volkswagen Kombi de 2ª geração, que, na época, ainda estava sendo fabricada e comercializada no Brasil.


MERCADO

A família de comerciais leves Volkswagen Transporter é um gigantesco sucesso de vendas do Grupo Volkswagen, a família de vans e furgões mais vendida do mundo. Por décadas seguidas, ela foi a principal representante da marca alemã Volkswagen nesse disputado segmento do mercado automobilístico ou automotivo, com fabricação em série iniciada na década de 1950 pela Volkswagen na Alemanha, seguida pelas subsidiárias do Grupo Volkswagen em vários países, incluindo o Brasil.


Trata-se da família de vans mais vendida do mundo, totalizando sete gerações até o momento, sempre com as gerações seguintes apresentando um conjunto mais moderno que as gerações anteriores, com mais de 12.000.000 de unidades fabricadas na Alemanha, no Brasil, na Austrália, no México, na África do Sul, na Polônia, na Indonésia, em Taiwan, na Malásia, na Áustria, nas Filipinas e na Rússia, em mais de 74 anos de produção contínua, quase sem interrupções.


Aqui no Brasil, foram mais de 1.500.000 unidades fabricadas entre 1957 e 2013, o primeiro modelo de automóvel com a marca Volkswagen fabricado no Brasil, sendo que parte dessa produção foi exportada principalmente para países sul-americanos, como, por exemplo, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile e Peru, com inúmeras versões.


CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS METROPOLITANOS DE PASSAGEIROS

CATEGORIA

COMPRIMENTO

PESO BRUTO TOTAL

CAPACIDADE

Van

Abaixo de 6,4 metros

Abaixo de 4,5 toneladas

Até 15 passageiros

Micro-ônibus

De 6,4 até 7,5 metros

De 4,5 ton. até 7,5 ton.

Até 21 passageiros

Mini-ônibus

De 7,5 até 9 metros

De 7,5 ton. até

Até 36 passageiros

Ônibus

Mais de 9 metros

Mais de 

Mais de 36 passageiros

Fonte: SPTrans


Essa classificação é válida apenas para São Paulo, mas tende a ser adotada em todo Brasil.


Atualmente, aqui no Brasil, a Volkswagen do Brasil disponibiliza a Volkswagen Id.Buzz, um modelo de automóvel totalmente elétrico para transportar confortavelmente até sete ocupantes em três fileiras de bancos.


A Volkswagen Kombi deixou de ser fabricada no Brasil em 2013 e de lá pra cá a família Volkswagen Transporter não voltou oficialmente ao Brasil.


ONDE COMPRAR


GALERIA DE IMAGENS


KOMBI / SAMBA (1ª GERAÇÃO)


TRANSPORTER / KOMBI (1ª GERAÇÃO)


PORTAS ARTICULADAS (1ª GERAÇÃO)


VERSÃO PICKUP  (1ª GERAÇÃO)


KOMBI (2ª GERAÇÃO)


MOTOR B4 1.6 (2ª GERAÇÃO)


PORTA-MALAS (2ª GERAÇÃO)


PORTAS ARTICULADAS (2ª GERAÇÃO)


PAINEL E ASSENTO (2ª GERAÇÃO)


VERSÃO PICKUP  (2ª GERAÇÃO)

TRANSPORTER (3ª GERAÇÃO)


TRANSPORTER (4ª GERAÇÃO)

ID.BUZZ (100% ELÉTRICA)


ID.BUZZ (100% ELÉTRICA)


ID.BUZZ (100% ELÉTRICA)


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Volkswagen_Transporter
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Volkswagen_Kombi
  • Os Imortais – Kombi – Editora Escala
  • Volkswagen (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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