RENAULT CLIO

RENAULT CLIO (VERSÕES HATCH)
RENAULT CLIO II (2ª GERAÇÃO, NA EUROPA)
RENAULT CLIO SEDAN (BRASIL E OUTROS MERCADOS)
RENAULT CLIO ESTATE (VERSÃO PERUA)
RENAULT SYMBOL (VERSÕES SEDAN, EM ALGUNS MERCADOS)
RENAULT LUTECIA (NO JAPÃO, PRINCIPALMENTE)
RENAULT THALIA (ALGUNS MERCADOS)
MITSUBISHI COLT (NO JAPÃO, 5ª GERAÇÃO DO CLIO)
NISSAN PLATINA (ALGUNS MERCADOS)
RENAULT COMERCIAL (EM PORTUGAL)
PROJETO CLIO (NA FRANÇA)


INTRODUÇÃO

O gracioso Renault Clio é um econômico automóvel compacto, criado e desenvolvido pela Renault S.A. da França e suas subsidiárias, cujas primeiras gerações foram fabricadas em série e em larga escala pela própria matriz francesa e pelas suas subsidiárias, incluindo as subsidiárias na Argentina, na Colômbia, na Eslovênia, na Espanha, no México, em Portugal, na Turquia, na Bélgica, na Suécia e, é claro, no Brasil, nas décadas de 1990, 2000 e 2010, e cujas gerações posteriores foram fabricadas em série e em larga escala na França, na Turquia, na Espanha e na Eslovênia, nas décadas de 2000, 2010 e atual, incluindo versões com carrocerias sedan, utilizando como base para sua fabricação grande parte dos conceitos estéticos, mecânicos, elétricos, eletrônicos e hidráulicos das respectivas gerações de automóveis hatch Renault Clio da matriz francesa Renault S.A., embora sua 5ª geração também seja comercializada no Japão com o nome Mitsubishi Colt.


Ao longo de sua trajetória de mais de 35 anos, começando em 1990, o pequeno e bem sucedido carrinho europeu Renault Clio, um best-seller da indústria automobilística ou automotiva europeia, o carro mais vendido da marca Renault em toda a sua história, teve alguns formatos de carroceria, principalmente hatch e sedan, começando pelos formatos hatch com duas portas laterais, totalizando três portas se considerarmos a porta traseira de acesso ao porta-malas, passando por formatos hatch de cinco portas (de longe, o formato mais vendido) até chegar aos formatos de sedan de quatro portas laterais, comercializados na América Latina, incluindo o Brasil, a Argentina e o México, na Europa Ocidental e na Europa Oriental, na África e até no Japão, dentre outras regiões.


Houve também versões com carroceria station-wagon ou perua da família Renault Clio, principalmente na 3ª geração e na 4ª geração, chamada Renault Clio Estate, com cinco portas, mas que nunca estiveram no Brasil, nunca foram comercializadas aqui.


Durante as décadas de 1970 e 1980 o Renault 5, conhecido também como Renault R5, que foi o antecessor do moderno Renault Clio, era considerado uma das primeiras propostas concretas de projetos de carro mundial da marca Renault, impulsionado principalmente pela Crise Mundial do Petróleo, com fabricação simultânea na França, na Espanha, na Venezuela, no México, no Irã e na África do Sul, com exportação para outros países que também precisavam de um carro mais econômico em tempos de racionamento e/ou preços altos do petróleo.


Porém, com o passar do tempo, ainda durante a década de 1980, a 2ª geração do Renault 5 começou a dar sinais de envelhecimento de projeto, ou seja, se tornou ultrapassado, com a necessidade de criação de um substituto a sua altura, com o início da fabricação em série e em larga escala e a comercialização do Renault Clio na década de 1990, principalmente na Europa Ocidental, na Europa Oriental e na América Latina, principalmente como a principal ou uma das principais opções da marca Renault no mercado nacional de automóveis populares, geralmente menores e mais econômicos que os demais modelos médios e grandes disponíveis no mercado.


Aqui no Brasil, por exemplo, a partir da década de 1990, a 1ª geração do Renault Clio foi comercializada inicialmente, mais precisamente a partir de 1996, como um automóvel de nível de entrada importado da Argentina, mas posteriormente, a partir de 1999, a 2ª geração da família Renault Clio passou a ser fabricada na então novíssima fábrica da Renault do Brasil no estado do Paraná, principalmente para atender o mercado interno e para exportação para países latino-americanos, principalmente nas suas versões com carroceria hatch de cinco portas, embora versões com carroceria sedan de quatro portas laterais também tenham sido fabricadas.


No Brasil, o Renault Clio de 2ª geração foi um sucesso de vendas, resultado de uma combinação equilibrada de características estéticas e mecânicas que já estavam sendo testadas na Europa Ocidental e na Europa Oriental, entretanto adaptadas para as duras condições das estradas, rodovias, ruas e avenidas brasileiras. Aliás, pode-se dizer que a verdadeira prova definitiva das qualidades mecânicas de durabilidade do Renault Clio de 2ª geração foi realizada no Brasil, embora, infelizmente, a 3ª geração, a 4ª geração e a atual 5ª geração nunca tenham sido comercializadas aqui.


Aqui no Brasil, durante as décadas de 1990, 2000 e 2010, os principais concorrentes do Renault Clio e do seu irmão Renault Clio Sedan foram os hatches compactos Fiat Palio e Fiat Mille (na prática, um Fiat Uno da 1ª geração), o hatch compacto Volkswagen Gol, o hatch compacto Chevrolet Onix e o sedan compacto Chevrolet Onix Plus; o hatch compacto Toyota Etios e o sedan compacto Toyota Etios Sedan; os sedans compactos Fiat Siena e Fiat Grand Siena; o hatch compacto Ford Ka e o sedan compacto Ford Ka Sedan; o sedan compacto Chevrolet Corsa Sedan, conhecido posteriormente como Chevrolet Classic; o hatch Volkswagen Polo e o sedan Volkswagen Virtus; o hatch compacto Chevrolet Celta e o sedan compacto Chevrolet Prisma; o hatch compacto Peugeot 206, um dos mais bonitos da sua época; o hatch compacto Ford Fiesta e o sedan compacto Ford Fiesta Sedan; o hatch compacto Citroen C3; o hatch compacto Fiat Argo e o sedan compacto Fiat Cronos; o bonitinho Peugeot 208 de 1ª geração e o moderninho Peugeot 208 de 2ª geração; o Hyundai HB20 e Hyundai HB20 Sedan, o hatch compacto Toyota Yaris e o sedan compacto Toyota Yaris Sedan; o monovolume Honda Fit; e o hatch compacto Nissan March; dentre mais alguns.


Desde 2016, o pequeno Renault Clio de 2ª geração não é mais fabricado no Brasil.


RENAULT-NISSAN-MITSUBISHI

A Renault S.A. é uma grande e tradicional fabricante francesa de automóveis, comerciais leves, pickups e vans. Em 2018 (pré-pandemia), por exemplo, a Renault S.A. foi uma das maiores fabricantes de veículos do mundo, com mais de 3.800.000 de unidades fabricadas, e em 2024 (pós pandemia) a marca francesa fabricou mais de 1.500.000 unidades, incluindo os números de produção e vendas de todas as suas subsidiárias com a mesma marca.


Já a Aliança-Renault-Nissan-Mitsubishi foi a terceira maior fabricante de automóveis do mundo em 2018 (pré-pandemia), com mais de 10.700.000 veículos fabricados, e foi a sexta maior fabricante do mundo em 2024 (pós-pandemia), com mais de 5.200.000 veículos, considerando os números das fabricantes de automóveis Renault, Nissan e Mitsubishi, estas duas do Japão, ressaltando que a fabricante de automóveis Mitsubishi passou a fazer parte dessa aliança em 2016.


A multinacional francesa Renault S.A. foi fundada em 1899 pelo industrial francês Louis Renault. Ela foi uma das primeiras fabricantes de automóveis do mundo. A subsidiária brasileira da Renault S.A. é a Renault do Brasil, com cerca de 239.000 veículos fabricados em 2019 (pré-pandemia), por exemplo, e mais de 139.000 veículos fabricados em 2024 (pós-pandemia), por exemplo, sendo que cerca de 1/3 (um terço) da produção foi exportada para vários países, dentre eles a Argentina e a Colômbia. Aqui no Brasil, a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi comercializou mais de 248.000 automóveis em 2024, por exemplo.


A partir de 2011, a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi investiu mais de US$ 1,8 bilhão no Brasil, em valores da época, para construção e/ou ampliação e reformas de suas fábricas e demais instalações, incluindo a fábrica localizada em Resende, no interior do estado do Rio de Janeiro, e a fábrica localizada em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, resultando em uma capacidade total combinada das suas instalações no Brasil em até 580.000 veículos por ano.


Com o recuo planejado, gradativo e sistemático da Ford do Brasil no mercado nacional nos últimos 10 anos, inclusive com fechamento de fábricas brasileiras de automóveis, comerciais leves e caminhões, é bem provável ou possível que a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi consolide sua posição entre as 10 maiores fabricantes e vendedores de automóveis de passeio, comerciais leves (vans, inclusive) e pickups médias no Brasil.


Por razões óbvias, a aliança Renault-Nissan-Mitsubishi anunciou em 2022 que estava abandonando o mercado russo de automóveis, pickups e comerciais leves...


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

O Renault Clio é um econômico automóvel compacto, com carrocerias do tipo hatchback / hatch ou sedan, dependendo do modelo, da geração e do ano de fabricação, com a sua 1ª geração comercializada no Brasil na década de 1990, por meio de importação da Argentina, e a sua 2ª geração fabricada e comercializada no Brasil nas décadas de 2000 e 2010, embora a sua 3ª geração, a sua 4ª geração e sua 5ª geração nunca tenham sido fabricadas e/ou comercializadas no Brasil. Durante a década de 1990, a Renault do Brasil importou da Argentina e comercializou o pequeno Renault Clio de 1ª geração, em razão principalmente da necessidade da marca Renault ter um representante no segmento de automóveis compactos populares, em ascensão na época.


Aqui no Brasil, nas décadas de 1990, 2000 e 2010, a 1ª e a 2ª gerações do Renault Clio foram importadas, fabricadas e comercializadas, dependendo de cada caso, nos formatos hatch e sedan, com capacidade para transportar com razoável conforto até cinco pessoas, incluindo o motorista, criadas e desenvolvidas pela matriz francesa Renault S.A. e pelas subsidiárias sul-americanas da marca Renault, a Renault Argentina e a Renault do Brasil, principalmente pela necessidade de adaptar o veículo às duras condições das rodovias, ruas e avenidas brasileiras.


O pequeno Renault Clio também foi fabricado em série e em larga escala na Colômbia (1ª e 2ª gerações), pela subsidiária Sofasa; na Eslovênia (1ª, 2ª, 4ª e 5ª gerações) pela subsidiária Revoz; na Espanha (1ª, 2ª e 3ª gerações) pela subsidiária Renault España; no México (2ª geração); em Portugal (1ª geração); na Bélgica (1ª geração); na Turquia (2ª, 3ª, 4ª e 5ª gerações), pela subsidiária Oyak-Renault; e na Suécia (2ª geração), pela TWR; mas a 3ª, a 4ª e a 5ª gerações não foram importadas para o Brasil, pois a Renault do Brasil entendia que essas gerações poderiam atrapalhar (canibalização do portfólio, em que um produto prejudica as vendas de outro produto da mesma marca) as vendas de outros modelos da própria marca, como, por exemplo, o Renault Logan, o Renault Sandero e o Renault Kwid, também compactos e/ou médios.


CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

O pequeno best-seller europeu Renault Clio de 1ª geração, da década de 1990, não foi a primeira proposta concreta e prática de automóvel mundial da matriz francesa Renault S.A., pois na década de 1970 surgiu o pequeno Renault 5, um hatchback ou hatch de três ou cinco portas, disponível principalmente no mercado europeu durante a crise mundial do petróleo da década de 1970, desempenhando de forma satisfatória a função de automóvel pequeno para uso familiar e/ou individual nas décadas de 1970 e 1980. Na época, ele estava posicionado abaixo do Ford Escort (não confundir com o Ford Escort fabricado e comercializado aqui no Brasil na década de 1980) e Opel Kadett (não confundir com o Chevrolet Kadett fabricado e comercializado aqui no Brasil na década d 1980), em termos de espaço interno, motorização e padrão de acabamento.


Antes daquela época, as grandes fabricantes americanas General Motors / Chevrolet, Ford e Chrysler estavam acostumadas a fabricar grandes e pesados automóveis porque havia poucos questionamentos dos consumidores americanos sobre os níveis de consumo de combustível. Havia então uma forte inclinação do mercado americano por automóveis espaçosos e confortáveis, colocando os quesitos de consumo de combustível em segundo plano.


Veio a crise do petróleo, na década de 1970, e então esses grandes fabricantes passaram a projetar e fabricar os chamados automóveis mundiais, ou seja, conceitos padronizados de projeto e fabricação que aproveitavam o máximo possível o que havia de melhor em peças, partes e componentes disponíveis nas matrizes e em cada uma de suas respectivas subsidiárias, em todos os continentes, combinando os melhores e mais bem sucedidos conhecimentos e experiências da tecnologia automotiva sobre a  fabricação de plataformas comuns eleitas pelas respectivas matrizes, com lançamentos quase simultâneos de modelos padronizados de automóveis em várias partes do planeta.


Mais adiante, anos depois, já na década de 1990, do lado da Renault S.A., a gigante holding francesa, já havia pelo menos um nome bem estabelecido no mercado europeu, o Renault 5, com mais de 5.000.000 de unidades fabricadas em 15 anos de produção seriada, uma família de automóveis ocupando o segmento dos compactos, composta por modelos hatches, principalmente, criada pela área de projeto e estilo da matriz francesa, mas havia necessidade de criação de um modelo de automóvel realmente mundial, com um conjunto de características de modernidade e estética capaz de alcançar mercados que o pequeno Renault 5 não conseguiu.


O mercado brasileiro está, atualmente, entre os 10 mais importantes no mundo para praticamente todas as grandes montadoras multinacionais. Entretanto, nas décadas de 1970, 1980, 1990 e 2000 este mesmo mercado já era grande. O sucesso do Renault Clio de 2ª geração, a partir de 1999, do Renault Sandero de 1ª geração, a partir de 2008, e do Renault Logan, a partir de 2006, reforçou essa impressão em praticamente todas as grandes fabricantes de automóveis populares americanas, japonesas, europeias, sul-coreanas e chinesas, embora somente na década de 2010 as fabricantes chinesas, CAOA-Chery, por exemplo, tenham decidido entrar definitivamente no mercado brasileiro por meio de fabricação própria.


Aqui no Brasil, são mais de 90.000.000 de veículos em circulação (os números variam de acordo com fonte consultada, com algumas delas falando em mais de 120.000.000 e veículos), incluindo automóveis, pickups ou picapes pequenas e médias, comerciais leves, motocicletas, aeronaves, embarcações, vans, caminhões e ônibus.


FROTA DE VEÍCULOS REGISTRADA NO BRASIL EM 2024

TIPO

QUANTIDADE

Automóveis em geral

56.000.000

Motocicletas em geral

22.000.000

Picapes e comerciais leves

12.000.000

Caminhões em geral

3.500.000

Ônibus e micro-onibus

600.000

Embarcações em geral

900.000.000

Aeronaves em geral

10.000

Observação: Os números são aproximados, arredondados a partir de diversas fontes, como IBGE, ANAC, DETRAN e Marinha, por exemplo.


A FAMÍLIA CLIO

De modo geral, os modelos Renault Clio, de todas as gerações, tiveram origem na Europa Ocidental, principalmente na França, para ocupar o segmento de mercado dos automóveis compactos naquele continente e em outros mercados nos quais a marca Renault já tinha, na década de 1990, alguma presença significativa, principalmente na América Latina e na Europa Oriental.


Desde o início da produção seriada, o nome Renault Clio sempre esteve associado a características de economia de combustível, praticidade, funcionalidade, manutenção simples e barata e padrão de acabamento razoável, esta última característica tendo evoluído, mais tarde, a partir da década de 2000, já na 3ª geração, na 4ª geração e na 5ª geração, para um padrão um pouco mais caprichado nas versões mais caras, mas que, infelizmente, nunca foram comercializadas no Brasil.


O nome Renault Clio é uma alusão a uma deusa grega, amante do deus Apolo. Como o nome Clio também soa masculino então a fabricante entendeu que não haveria problema em usá-lo para nomear o seu carrinho assim. Mas no México e na Turquia, o sedan compacto Renault Clio Sedan recebeu o nome Renault Symbol e no Japão o Renault Clio recebeu o nome Renault Lutecia.


A partir de 1998, logo após a inauguração da fábrica da marca Renault no município de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, aqui no Brasil, foi iniciada a fabricação seriada dos modelos Renault Clio de 2ª geração, com a comercialização no Brasil e com exportação para outros países da América Latina, principalmente para a Argentina, o Paraguai, o Chile e o Uruguai.


Dentre os focos principais deste blog estão o mercado brasileiro de veículos em geral, incluindo automóveis, picapes ou pickups, caminhões, aeronaves, embarcações, comerciais leves (incluindo vans em geral), ônibus e micro-ônibus e motocicletas, portanto a 3ª geração, a 4ª geração e a 5ª geração do Renault Clio receberão apenas uma breve abordagem neste artigo ou post, já que não foram fabricadas aqui, nem comercializadas por meio de importação.


CLIO (1ª GERAÇÃO / MK1)

Logo acima, o pequeno Renault Clio de primeira geração foi comercializado no Brasil entre 1996 e 1999 e apresentava um bom conjunto de itens de segurança, conforto e desempenho, com uma das melhores relações custo-benefício do Brasil, mesmo em se tratando de um carro importado. Logo abaixo, o conjunto harmônico e gracioso de assentos, painel e volante.

A ainda moderna 1ª geração da família Renault Clio, conhecida também como geração Renault Clio MK1 ou Renault X57, é composta por pelo menos dois modelos de automóveis compactos baseados na plataforma Renault X57, sendo um hatch compacto de três portas e um hatch compacto de cinco portas, ambos com duas e quatro portas laterais, respectivamente, e a terceira e quinta porta de acesso ao porta-malas, respectivamente.


Trata-se de modelos de carroceria monobloco, leves, com apenas 900 kg de peso vazio nas versões básicas e apenas 1.000 kg de peso nas versões mais completas, com motorização dianteira e tração dianteira, todos construídos em chapas de aço, com fabricação em série iniciada em 1990, fabricado na França, na Argentina, na Colômbia, na Eslovênia, na Espanha, em Portugal e na Bélgica, até 2001, quando foi definitivamente encerrado.


O compacto Renault Clio de 1ª geração, fabricado na Europa, na Argentina e na Colômbia durante a década de 1990, embora possuísse o nome Renault Clio, usava uma plataforma derivada no seu antecessor Renault 5, inclusive conservando parte das características de assoalho e suspensão, usada para a montagem do monobloco do Renault Clio, que, por sua vez, possuía várias melhorias e modernizações, incluindo um entre-eixos um pouco maior, com 2,47 metros, um monobloco mais robusto, embora conservando a suspensão dianteira McPherson, fixada em um subchassi de aço, com molas helicoidais e amortecedores, e uma suspensão traseira semi-independente, com barras de torção ou eixo de torção (algumas fontes falam em braços arrastados na traseira).


Além disso, o veículo ganhou airbag para motorista e barras de proteção nas portas, itens de segurança não disponíveis em parte de seus concorrentes da época; além de ar quente, vidros verdes, desembaçador elétrico do vidro traseiro, retrovisores externos com controle manual interno, brake-light, relógio e hodômetro, dentre outros itens, até na versão básica Renault Clio RL 1.6, que esteve no Brasil por meio de importação da Argentina, fabricado na província (estado) de Córdoba, na fábrica da Renault Argentina S.A, uma das principais fábricas da marca Renault na América Latina.


Apesar de conservar a plataforma do seu antecessor Renault 5 de 2ª geração, o projeto do Renault Clio de 1ª geração era quase totalmente novo em relação ao projeto do Renault 5 de 2ª geração, ele era mais moderno, inclusive com design mais agradável e atraente, mais gracioso, com frente em cunha, combinada com linhas levemente angulares, semi-retas e com vincos suaves, com CX ou índice de penetração aerodinâmica de 0,33, mas mantendo o layout já consagrado, na época, de motorização dianteira transversal e tração dianteira, melhor que a motorização longitudinal de outros modelos, em alguns aspectos, principalmente nos aspectos de segurança e aproveitamento de espaço interno, com suspensão dianteira independente McPherson e o câmbio manual de cinco velocidades ou marchas, de série, mas com uma opção de câmbio automático de quatro velocidades.


Embora com inúmeras modernizações e melhorias em relação ao seu antecessor Renault 5 de 2ª geração, a filosofia de projeto ou proposta de carro de perfil predominantemente popular foi mantida no Renault Clio de 1ª geração, com motorização econômica, baixo custo de manutenção e preço de aquisição competitivo, dentro da faixa de preços de seus principais concorrentes. Por exemplo, aqui no Brasil ele foi importado da Argentina e comercializado a partir de 1996, competindo com o Volkswagen Gol, com o Fiat Uno, com o Chevrolet Corsa, com o Fiat Palio, com o Ford Fiesta, com o Chevrolet Kadett e com o Peugeot 205, sendo este último também importado.


O seu projeto, predominantemente europeu, era composto por uma combinação de propulsores pequenos e econômicos das linhas Cléon, DiET, Energy e F7X, combinados com câmbios manuais Renault de quatro ou cinco velocidades ou marchas ou câmbios automáticos Renault de três ou quatro velocidades ou marchas, dependendo do modelo e do ano de fabricação, afinados com os novos tempos de exigência de economia de combustível por parte dos consumidores, o Cléon C1E L4 1.1, com 1.108 cilindradas (gasolina); o DiET D7F L4 1.1, com 1.149 cilindradas (gasolina); o Energy E6J/E7J L4 1.4, com 1.390 cilindradas (gasolina); o Cléon C2L 1.6 L4, com 1.565 cilindradas (gasolina); o F7X F2N L4 1.7, com 1.764 cilindradas (gasolina), o F7X F3P L4 1.8, com 1.794 cilindradas (gasolina), e o F8X F8Q L4 1.9, com 1.870 cilindradas (diesel), embora esta versão diesel nunca tenha sido trazida para o Brasil.


A simplicidade foi mantida na 1ª geração, com motorização transversal compacta para melhor aproveitamento de espaço da pequena estrutura monobloco, com a introdução da injeção eletrônica apenas alguns anos após o lançamento do Renault Clio na Europa, principalmente com transmissões manuais Renault de cinco velocidades ou marchas e tração dianteira, para economia de combustível e também melhor aproveitamento de espaço, suspensão dianteira McPherson convencional e suspensão traseira com eixo de torção, com os modelos Renault Clio RL 1.6 (básico), Renault Clio RN 1.6 (intermediário) e Renault Clio RT 1.6 (top de linha), por exemplo, trazidos da Argentina a partir de 1996, com preços bem competitivos em suas três versões principais.


Aqui no Brasil, o pequeno e gracioso Renault Clio RL 1.6 de 1ª geração, por exemplo, chegou em 1996, com o pequeno e eficiente motor Cléon C2L / Sierra 1.6 L4, com 1.565 cilindradas (gasolina), com 74 cavalos potência e 13 kgfm de torque, com bloco de ferro fundido e comando de válvulas no bloco, com cabeçote de alumínio, com quatro cilindros em linha e 8 válvulas, com uma bobina para cada cilindro e com injeção eletrônica monoponto, com opções de 3 portas e 5 portas, com bom acabamento geral, com ar quente, desembaçador e limpador do vidro traseiro, rádio AM/FM, cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes, vidros verdes, retrovisores externos com controle manual interno e brake-light, dentre outros itens.


Na época, os principais concorrentes do Renault Clio de 1ª geração, aqui no Brasil, eram o Fiat Uno e o Fiat Palio, o Volkswagen Gol, o Ford Fiesta, o Citroen AX, o Peugeot 205 e o Chevrolet Corsa, dentre mais alguns.


A família Renault Clio sempre vendeu muito bem na Europa Ocidental e na Europa Oriental, seus dois principais mercados, mesmo com ambos os modelos, Renault Clio e Renault 5, disputando o mesmo mercado de automóveis compactos por lá, com a linha de produção do Renault 5 sendo mantida até 1996.


No total, foram mais de 2.500.000 unidades de Renault Clio de 1ª geração fabricadas na França, na Argentina, na Colômbia, na Eslovênia, na Espanha, em Portugal e na Bélgica, entre 1990 e 2001, tanto para atender o mercado interno desses países quanto para exportação para outros países.


O Renault Clio de 1ª geração alcançou duas estrelas nos testes de impactos frontal e lateral do Euro NCap, em 1997, nota dentro da média de seus concorrentes disponíveis na Europa, na época.


CLIO (2ª GERAÇÃO / MK2)

Logo acima, o pequeno Renault Clio de segunda geração foi fabricado e comercializado no Brasil entre 1998 e 2016 e apresentava um bom conjunto de itens de segurança, conforto e desempenho, com uma das melhores relações custo-benefício do Brasil, com destaque para as opções de motorização da família Renault K-Type, entre elas a K7M 1.6 8V e a K4M 1.6 16V, com injeção eletrônica multiponto de gasolina, combinada com câmbio manual de cinco velocidades ou marchas, além de direção hidráulica (opcional nas versões básica e intermediária), ar condicionado (opcional nas versões básica e intermediária), airbag duplo (de série em todas as versões) e um bom nível de acabamento nas versões intermediária e top de linha. Logo abaixo, o conjunto harmônico e gracioso de assentos, painel e volante. Ainda hoje ele é uma opção de compra bem razoável entre modelos populares usados.

No começo da década de 1990, o Governo Brasileiro estabeleceu uma tributação diferenciada, bem mais vantajosa e branda, para modelos de automóveis com motorização menor e econômica, eram os chamados carros populares, com motores de até 1.000 cilindradas. Nessa época, as marcas Volkswagen e Fiat já fabricavam modelos de automóveis compactos no Brasil, os hatches Volkswagen Gol e Fiat Uno, portanto para essas duas marcas era mais fácil e rápido se enquadrar nesse regime diferenciado de tributação, apenas introduzindo motores menores em modelos de automóveis leves e que já eram fabricados em série e em larga escala, ambas ganhando a dianteira na disputa pelo consumidor de veículos populares.


Durante essa década de 1990, mais de 70% das vendas totais de automóveis no Brasil era dessa faixa popular, portanto as marcas Ford e Chevrolet corriam contra o tempo para tentar se enquadrar o mais rápido possível nessa tributação mais branda para veículos com motores menores e, portanto, mais econômicos.


De modo geral, iniciar a fabricação seriada de um modelo de automóvel para atender o mercado interno é uma tarefa que demanda planejamento cuidadoso; desenvolvimento (inúmeros testes do veículo a ser fabricado em série); construção, ampliação e/ou reforma de fábricas, com adaptação de linhas de produção, se for o caso; investimento em Marketing e treinamento de concessionárias. Portanto, até o início da fabricação seriada do Ford Fiesta e do Chevrolet Corsa, ambos modelos modernos e compactos, portanto leves, ambas as marcas, Ford e Chevrolet, iam “quebrando o galho” com os modelos Ford Escort Hobby (com motor 1.0, entre 1993 e 1996) e Chevrolet Chevette Junior (também com motor 1.0, em 1992 e 1993).


Em 1996, a Renault do Brasil também corria contra o tempo na tentativa de emplacar ou deslanchar pelo um modelo de automóvel da categoria compacta no Brasil, mas não era suficiente simplesmente trazer o Renault Clio da Argentina para o Brasil, ela precisava fabricá-lo aqui para ganhar escala e, consequentemente, torná-lo competitivo no varejo, até quem em 1998 foi inaugurada a fábrica Ayton Senna, no município de São José dos Pinhais, no estado do Paraná, uma fábrica que existe até hoje. O pequeno Renault Clio foi o segundo modelo de automóvel fabricado nessa fábrica paranaense, o primeiro foi a minivan Renault Scénic, também um sucesso de vendas no Brasil. Em 1996, a marca Renault possuía mais de 50 concessionárias no Brasil, número que saltou para mais de 100 no ano 2000, apenas alguns anos depois da inauguração dessa fábrica.


Em 1998 a Renault do Brasil deu início à fabricação seriada da 2ª geração do Renault Clio, com índice de nacionalização de 70% de peças, partes e componentes, composta por modelos ou versões hatch de entrada quase totalmente originais, de tamanho compacto, apenas em versões de cinco portas, sendo a quinta porta de acesso ao porta malas, e, alguns anos mais tarde, a fabricação em série das versões Renault Clio Sedan, que, como o próprio nome diz, são versões de carroceria sedan da mesma família Renault Clio, mas com quatro portas laterais, estes considerados por algumas publicações especializadas no Brasil, incluindo Quatro Rodas e Auto Esporte, entre as melhores opções de automóveis compactos populares com carroceria sedan da época, com uma das melhores relações custo benefício.


Esses modelos, tanto os hatches quanto os sedans, passaram a ser fabricados em série e em larga escala na então novíssima fábrica da Renault do Brasil no município de São José dos Pinhais, com um gigantesco investimento de mais de US$ 1,2 bilhão (dólares), em valores da época, compreendendo uma área de mais de 2.500.000 m² ou 250 hectares, e vendidos em grande quantidade no mercado nacional a partir de 1999, aqui no Brasil, todos com opções movidas a gasolina, inicialmente, nos primeiros anos de fabricação, seguida de opções de motorização flex, nos anos seguintes. Para quem não mora no Brasil (este blog tem muitos leitores americanos, canadenses e europeus), o motor flex é aquele que funciona normalmente com gasolina e/ou etanol (álcool), em qualquer proporção.


Dependendo da fonte consultada, os modelos Renault Clio Sedan de 2ª geração, fabricados no Brasil e na Turquia nas décadas de 2000 e 2010, são considerados automóveis compactos de nível de entrada, ou seja, são automóveis populares. Por outro lado, se somente o entre-eixos for levado em consideração, o Renault Clio Sedan pode ser considerado um automóvel de tamanho médio, pois seu entre-eixos com quase 2,5 metros é bem razoável. Na prática, o que realmente importa é o entre-eixos, pois é nele que os ocupantes do veículo estarão acomodados.


Conhecido também como geração Renault X65, trata-se de modelos de automóveis hatch e sedan quase totalmente novos, com a então nova plataforma Renault A, conhecida também como plataforma Renault X65, nova suspensão, novos motores, novos sistemas elétrico, eletrônico e hidráulico, projetados por Jean Terramorsi, Pierre Benzit, Patrick Le Quément e Gurbag Emrillay, introduzindo uma variedade de melhorias, modernizações e até refinamentos em relação à geração anterior, incluindo a fixação de um subchassi na suspensão dianteira McPherson, para tornar mais suave a condução em rodovias de pavimento irregular, comuns no Brasil. Aliás, o Renault Clio Sedan foi desenvolvido na Turquia e lá as rodovias também eram ruins, portanto não havia necessidade de fazer grandes mudanças no Renault Clio Sedan fabricado aqui no Brasil, era só “copiar” o que já estava funcionando bem lá.


Sem exageros, o Renault Clio hatch e sedan era uma das melhores opções do mercado brasileiro de automóveis compactos na década de 2000, era um carro moderno, tendo alcançado, inclusive, quatro estrelas no teste de impactos frontal e lateral do Euro NCap, graças, inclusive, ao seu conjunto de airbag duplo frontal disponível como item de série em todas as versões, incluindo as versões mais básicas, o primeiro carro compacto popular do Brasil com esse equipamento de série, além de freios a discos ventilados na dianteira.


Houve também mudanças, modernizações e melhorias implementadas ao longo de mais de 18 anos de fabricação seriada da família Renault Clio no Brasil, com a implementação das novas versões Renault Clio Authentique (básica), Renault Clio Expression (intermediária) e Renault Clio Privilège (top de linha), todas também como motores K7M 1.6 8V / K4M 1.6 16V fabricados pela própria Renault do Brasil no Paraná, novo acabamento interno e um número maior de itens de segurança, conforto e desempenho, incluindo airbag duplo frontal (deixou de ser de série para se tornar opcional, uma pena); ar condicionado (de série ou opcional, dependendo da versão) e ar quente; retrovisores externos dos dois lados; cintos de segurança de três pontos para todos os cinco ocupantes; limpador, lavador e desembaçador do vidro traseiro; vidros elétricos, trava central elétrica (de série ou opcional), imobilizador do motor (de série ou opcional) e alarme (de série ou opcional); e rodas de liga leve (de série ou opcional); dentre outros itens.


O Renault Clio e o Renault Clio Sedan começaram a ser produzidos em série no Brasil em 1998 como automóveis de nível básico de acabamento, ou seja, essa geração não chegou ao ponto de ser considerada premium, pois esse nicho de mercado (o nicho dos ricos, pra falar o português bem claro) já estava sendo atendido por modelos chiques, como Audi A3 e Mercedes-Benz Classe A, por exemplo. Mas apesar de não serem considerados automóveis premium, o Renault Clio e o Renault Clio Sedan de 2ª geração surpreenderam a imprensa e o mercado com um nível de acabamento mais caprichado que normalmente encontrado nos principais concorrentes, embora nada excepcional.


Por se tratar de um projeto de automóvel mundial, a mesma plataforma Renault A / Renault X65 foi usada como base para dar origem aos modelos Renault Clio e Renault Clio Sedan de 2ª geração fabricados em várias partes do mundo, inclusive na França, Espanha, Argentina, Colômbia, Eslovênia, Turquia e Suécia, além, é claro, do Brasil. Os modelos Renault Clio e Renault Clio Sedan fabricados no Brasil foram exportados para países da América Latina, incluindo Paraguai, Uruguai e México.


Aqui no Brasil, as versões da família Renault Clio de 2ª geração, como, por exemplo, Renault Clio RN (intermediária), Renault Clio RT (top de linha), Renault Clio Expression (intermediária) e Renault Clio Privilège (top de linha), estavam disponíveis com o pequeno e eficiente motor 1.6 L4 16V, com 1.598 cilindradas (gasolina ou flex, dependendo do ano de fabricação), com 110 cavalos potência e 14 kgfm de torque, ou com o também pequeno e eficiente motor 1.6 L4 8V, com 1.598 cilindradas (gasolina), com 90 cavalos e 13 kgfm, ambos com bloco de ferro fundido e cabeçote de alumínio, com comando de válvulas no cabeçote, com quatro cilindros em linha e 16 válvulas ou 8 válvulas, ambos com injeção eletrônica multiponto, apenas com 5 portas, com bom acabamento geral, com ar quente (de série); ar condicionado (de série ou opcional, dependendo da versão); desembaçador e limpador do vidro traseiro (de série ou opcional); rádio AM/FM, com CD player (de série); trava central elétrica (de série), vidros elétricos (de série), alarme (opcional) e imobilizador do motor (de série); airbag duplo (de série ou opcional, dependendo do ano de fabricação); cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes (de série); encostos de cabeça também no assento traseiro (de série); vidros verdes (de série); retrovisores externos com controle manual interno (de série); faróis de neblina (de série ou opcional) e brake-light (de série); coluna de direção com ajuste de altura (de série nas versões top); computador de bordo (de série ou opcional); freios a discos ventilados na dianteira (de série), com ABS (opcional); rodas de de alumínio de 14 polegadas (de série ou opcional), com pneus 185/60 R14 (opcional) ou 175/65 R14 (de série); dentre outros itens.


A linha Renault Clio, tanto nas versões hatch como nas versões sedan, reafirmaram o compromisso da marca Renault de fabricar e comercializar no Brasil produtos competitivos e modernos. A simplicidade é uma virtude, a marca Renault soube aproveitar o gosto do consumidor brasileiro por produtos práticos e funcionais, que cumpram de forma satisfatória seu papel, sem complicações, com soluções inovadoras nos pontos que fazem sentido, nos pontos que interessam.


Outro detalhe importante: Todos os modelos Renault Clio de 2ª geração, que utilizam a plataforma Renault A / Renault X65, com monobloco 50% mais robusto que o monobloco da 1ª geração da mesma família, fabricados no Brasil entre 1998 e 2016 possuem motorização transversal. Automóveis com essa configuração são mais seguros porque em caso de acidente grave com impacto frontal o risco do bloco do motor invadir o habitáculo do carro é menor. Além disso, automóveis com motorização transversal possuem um habitáculo com melhor aproveitamento de espaço interno, para o condutor e passageiros.


Embora não fossem automóveis do nível premium, os modelos Renault Clio com carrocerias hatch e sedan estavam entre os mais modernos modelos de automóveis compactos nacionais, com qualidade de construção exemplar, com monoblocos robustos e íntegros. Por exemplo, essa 2ª geração foi submetida a um amplo programa de desenvolvimento que resultou em mais de 1.000.000 de quilômetros rodados em vários países, incluindo o Brasil, resultando em um conjunto estrutural coeso e confiável. Aliás, durante sua adaptação para o Brasil, o seu monobloco ganhou 1,5 centímetro a mais de vão livre do solo.


Aqui no Brasil, os principais concorrentes dos ainda modernos Renault Clio e do Renault Clio Sedan nas décadas de 2000 e 2010 foram o Ford Fiesta e Ford Fiesta Sedan, o Volkswagen Polo, o Chevrolet Celta, o Volkswagen Gol, o Citroen C3, o Chevrolet Prisma, o Fiat Mille (equivalente ao Fiat Uno de 1ª geração) e o Novo Fiat Uno, o Chevrolet Corsa, Fiat Siena, Chevrolet Corsa Sedan (que, mais tarde, se tornou Chevrolet Corsa Classic), o Chevrolet Onix e o Chevrolet Onix Sedan, o Hyundai HB20 e o Hyundai HB20 Sedan, o Toyota Etios e o Toyota Etios Sedan, o Fiat Siena e o Fiat Grand Siena, o Peugeot 206, Fiat Palio e o Fiat Punto, dentre mais alguns.


No total, foram mais de 5.000.000 de unidades da 2ª geração da família Renault Clio fabricadas, principalmente na Europa Ocidental, na Europa Oriental e na América Latina, incluindo o Brasil.


CLIO (3ª GERAÇÃO / MK3)

A moderna 3ª geração da família Renault Clio, conhecida também como geração Renault X85, é composta por pelo menos três modelos baseados na mesma plataforma Renault-Nissan B, o hatch de três portas, o hatch de cinco portas e a station-wagon / perua de cinco portas, sendo a quinta porta de acesso ao porta-malas, fabricados em série e em larga escala a partir de 2005 na França, na Turquia e na Espanha, principalmente para atender o mercado europeu.


Aqui no Brasil, nenhum desses modelos esteve disponível, principalmente porque a 2ª geração da família Renault Clio ainda estava senda produzida e a marca Renault temia que a 3ª geração da família Renault Clio prejudicasse as vendas de outros modelos compactos e/ou médios da mesma marca disponíveis no mercado nacional, incluindo o Renault Sandero, um hatch compacto ou médio, e o Renault Logan, uma sedan compacto.


A moderna 3ª geração do Renault Clio é quase totalmente original, criada na Europa e desenvolvida na Europa, principalmente para atender o mercado consumidor europeu, geralmente mais exigente que os consumidores latino-americanos, asiáticos e africanos.


Essa geração alcançou cinco estrelas no teste de impactos frontal e lateral do Euro NCap, em 2005.


CLIO (4ª GERAÇÃO / MK4)

A moderna e bonita 4ª geração da família Renault Clio, conhecida também como geração Renault X98, é composta por pelo menos três modelos baseados na mesma plataforma Renault-Nissan B, o hatch de três portas, o hatch de cinco portas e a station-wagon / perua de cinco portas, sendo a quinta porta de acesso ao porta-malas, fabricados em série e em larga escala a partir de 2012 na França, na Turquia e na Eslovênia.

 

Aqui no Brasil, nenhum desses modelos esteve disponível, principalmente porque a 2ª geração da família Renault Clio ainda estava senda produzida e a marca Renault temia que a 4ª geração da família Renault Clio canibalizasse as vendas do hatch Renault Sandero (que pode ser considerado um hatch compacto ou médio, dependendo do ponto de vista) e do sedan Renault Logan, dois modelos de automóveis bem vendidos aqui.


A moderna 4ª geração do Renault Clio é baseada na geração anterior, também criada na Europa e desenvolvida na Europa, principalmente para atender o mercado consumidor europeu, geralmente mais exigente. Tanto foi assim que pela primeira vez, a partir de 2012, a família Renault Clio entrou para o segmento premium, principalmente se considerarmos as versões mais completas Expression e Dynamique, com entre-eixos de 2,6 metros; cartão para acesso ao veículo, para imobilizar o motor e para o acionamento do motor por meio do botão start; uma linha de motores dentro do conceito downsizing, com turbocompressor; acabamento melhorado; airbag duplo frontal e laterais; e câmbio automático; dentre outros itens.


Essa geração alcançou cinco estrelas no teste de impactos frontal e lateral do Euro NCap, em 2012.


CLIO (5ª GERAÇÃO / MK5)

A moderna e bonita 5ª geração da família Renault Clio, conhecida também como geração Renault BJA, é composta por versões básicas, intermediárias e top de linha com a mesma plataforma Nissan CMF, apenas com carrocerias hatch de cinco portas, sendo a quinta porta de acesso ao porta-malas, fabricadas em série e em larga escala a partir de 2019 na Turquia e na Eslovênia.


Aqui no Brasil, essa geração não esteve e não está disponível. Trata-se de uma geração totalmente nova, criada e desenvolvida na França, na Turquia e na Eslovênia, mas fabricada apenas na Turquia e na Eslovênia, principalmente para atender o mercado consumidor europeu, geralmente mais exigente. As versões intermediárias e top de linha dessa geração estão no segmento premium, com entre-eixos de 2,6 metros; cartão para acesso ao veículo, para imobilizar o motor e acionamento pelo botão start; linha de motores a combustão dentro do conceito downsizing, com turbocompressor, mas disponível também com uma combinação de motor a combustão com motor elétrico (versão híbrida); acabamento melhorado; airbag duplo frontal e laterais; câmbio automático; central multimídia com tela de 9 polegadas, com espelhamento Android Auto e Apple CarPlay; assistente de permanência em faixa; controle de cruzeiro adaptativo; e reconhecimento de placas de trânsito; dentre outros itens.


Essa geração alcançou cinco estrelas no teste de impactos frontal e lateral do Euro NCap, em 2019.


MERCADO

Todas as cinco gerações da família Renault Clio foram bem sucedidas em várias partes do mundo, principalmente na Europa Ocidental, na Europa Oriental e na América Latina, incluindo o Brasil, com mais de 15.000.000 de unidades fabricadas, somando todas as gerações fabricadas.


A família Renault Clio está entre as 20 famílias mais vendidas de toda a história da indústria automobilística ou automotiva mundial:


FAMÍLIAS MAIS VENDIDAS DA HISTÓRIA DA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA

POSIÇÃO

FAMÍLIA

QUANTIDADE

Toyota Corolla, desde 1966

+ de 50 milhões

Ford F-150, desde 1947

+ de 40 milhões

Volkswagen Golf, desde 1974

+ de 36 milhões

Volkswagen Passat, desde 1973

+ de 31 milhões

Honda Civic, desde 1972

+ de 27 milhões

Volkswagen Fusca, de 1938 até 2019

+ de 23 milhões

Ford Fiesta, de 1976 até 2019

+ de 22 milhões

Toyota Hilux, desde 1968

+ de 19 milhões

Lada Riva / Lada Laika, desde 1970

+ de 19 milhões

10ª

Ford Escort, de 1968 até 2003

+ de 18 milhões

11ª

Volkswagen Polo, desde 1975

+ de 18 milhões

12ª

Honda Accord, desde 1976

+ de 17 milhões

13ª

BMW Série 3, desde 1975

+ de 16 milhões

14ª

Chevrolet Impala, de 1957 até 2020

+ de 16 milhões

15ª

Ford Focus, desde 1998

+ de 16 milhões

16ª

Renault Clio, desde 1990

+ de 15 milhões

17ª

Chrysler Minivan, desde 1983

+ de 15 milhões

18ª

Ford T, de 1908 até 1927

+ de 15 milhões

19ª

Opel Corsa / Chevrolet Corsa, desde 1982

+ de 14 milhões

20ª

Oldsmobile Cutlass, de 1960 até 1999

+ de 11 milhões

21ª

Opel Astra / Chevrolet Astra, desde 1991

+ de 11 milhões

22ª

Mazda Familia / Mazda 323, de 1963 até 2003

+ de 11 milhões

23ª

Mercedes-Benz Classe C, desde 1993

+ de 11 milhões

24ª

Toyota Camry, desde 1979

+ de 11 milhões

25ª

Ford Mustang, desde 1964

+ de 10 milhões


Observação: Os números citados no quadro acima podem não estar absolutamente precisos, eles variam de acordo com a fonte consultada, por algumas razões. Por exemplo, algumas publicações levam em consideração as unidades de automóveis fabricadas sob licença ou de produção terceirizada, mesmo que com outros nomes e comercializadas sob outras marcas.


Nas décadas de 2000 e 2010, a família Renault Clio foi uma das principais responsáveis por manter a Renault do Brasil numa posição confortável entre as 10 maiores fabricantes de automóveis do país. Atualmente, a matriz francesa Renault S.A. possui uma participação societária de 15% na matriz japonesa Nissan Corporation, que, por sua vez, possui uma participação de 34% na matriz japonesa Mitsubishi Motors, formando assim a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.


O objetivo principal dessa aliança é reforçar sua posição entre os dez maiores fabricantes de automóveis e comerciais leves do mundo, com economia de escala no compartilhamento de plataformas e chassis (bases estruturais, motores e câmbios), baterias e outras tecnologias para eletrificação e compartilhamento de uma variedade de peças, partes e componentes, com aquisição de matérias primas (aços e alumínios, por exemplo) em conjunto, com consequente aumento de competitividade.


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CLIO (1ª GERAÇÃO)


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CLIO (2ª GERAÇÃO)


CLIO (2ª GERAÇÃO)



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CLIO SEDAN (2ª GERAÇÃO)


CLIO SEDAN (2ª GERAÇÃO)


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Atenção: As informações, conceitos e valores (preços) emitidos neste artigo ou página são apenas de caráter informativo e podem não estar absolutamente precisos e rigorosos, pois esse não é o objetivo do blog. Para informações, conceitos e valores mais precisos e rigorosos entre em contato com o fabricante e/ou com seu representante de vendas.


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Renault_Clio
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Renault_Clio
  • Renault (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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