SCANIA 112

SCANIA 112
SCANIA 112H OU T 112H (BICUDO)
SCANIA 112H OU R 112H (CARA CHATA)
CAMINHÕES PROGRAMADOS (CONCEITO)
SCANIA DO BRASIL
FAMÍLIA SCANIA 112
LINHA SCANIA GPRT
SÉRIE 2


INTRODUÇÃO

O nome Scania 112 foi utilizado pela gigante sueca Saab-Scania AB para sua linha clássica de veículos de transporte rodoviário de cargas semi-pesadas e pesadas, criada e desenvolvida na década de 1970 na Suécia e no Brasil e fabricada em larga escala na Suécia e no Brasil, na década de 1980, pela fabricante sueca e pela sua subsidiária brasileira Saab-Scania do Brasil, se tornando um dos principais produtos da empresa no segmento de caminhões pesados e semi-pesados na época


Os seus principais concorrentes no Brasil, na década de 1980, foram o caminhão semi-pesado e pesado Volvo N10, o caminhão semi-pesado Mercedes-Benz L-1113, o caminhão semi-pesado Volkswagen 11-130, o caminhão semi-pesado e pesado Fiat 190 Turbo / Fiat 190H e o caminhão semi-pesado Volkswagen 13-130.


Todos esses modelos concorrentes citados não são mais fabricados.


A SCANIA AB

A centenária Scania AB é uma grande fabricante sueca de caminhões pesados para transporte rodoviário de cargas, conjuntos de chassis / motores de ônibus para transporte de passageiros, motores estacionários a diesel, inclusive para geradores de energia elétrica, e motores a combustão interna para embarcações.


Ela possui várias subsidiárias fabricantes de caminhões, chassis e motores, inclusive na França, na Holanda, na Tailândia, na China, na Índia, na Argentina, na Polônia, na Finlândia e, é claro, no Brasil.


Essa tradicionalíssima empresa europeia é uma das maiores fabricantes de utilitários pesados para transporte rodoviário de cargas e conjuntos de chassis / motores para transporte rodoviário de passageiros do mundo. Ela é uma das mais antigas fabricantes caminhões do mundo, com os seus primeiros modelos de caminhões, com a marca Scania-Vabis, fabricados na Europa Ocidental a partir da década de 1910.


Ela foi fundada na Suécia, em 1911, a partir da fusão da Vagnfabriks (Vabis), uma fabricante de vagões ferroviários, e da Maskinfabriks (Scania), uma fabricante de bicicletas, dando origem assim à Scania-Vabis, que passou a atuar na fabricação de automóveis e caminhões, num primeiro momento, inclusive fabricando o Jeep Willys e o Volkswagen Fusca, sob licença, para, a partir de 1969, se fundir com a tradicional fabricante sueca de automóveis e aviões Saab AB, dando origem à Saab-Scania AB, quando passou a atuar de forma independente, até 1995, até ser comprada pelo Grupo Volkswagen, na década de 2000.


Aqui no Brasil, a então multinacional europeia Scania-Vabis passou a atuar, inicialmente, a partir da década de 1950, por meio de importação de caminhões novos parcialmente montados, por meio de um acordo de importação e representação assinado com o grupo brasileiro Vemag – Veículos e Máquinas Agrícolas, inicialmente com a construção de uma fábrica (na verdade uma montadora) em São Paulo - S.P., até assumir definitivamente, a partir da década de 1960, o controle total das operações no Brasil, inicialmente com a construção e inauguração da sua fábrica de caminhões em São Bernardo do Campo - S.P., em 1962, a sua primeira grande fábrica fora da Europa.


Por razões óbvias, a matriz sueca Scania AB anunciou, em 2022, que estava abandonando o mercado russo de utilitários para transporte de cargas...


O GRUPO VOLKSWAGEN

O gigante alemão Grupo Volkswagen é um dos maiores fabricantes de automóveis e utilitários do mundo, incluindo caminhões e conjuntos de chassis / motores para ônibus. Também fazem parte do Grupo Volkswagen a Porsche, famosa fabricante de automóveis esportivos de alto luxo, a Scania e a MAN, duas grandes e conhecidas fabricantes de caminhões para transporte rodoviário de cargas, a Audi, uma das maiores e mais conceituadas fabricantes de automóveis de alto luxo do planeta, a Lamborghini, uma fabricante italiana de automóveis esportivos de alto luxo, a Seat, uma fabricante espanhola de automóveis populares, e a Ducati, fabricante de motos premium de alta performance.


Em 2017, por exemplo, o Grupo Volkswagen foi o maior fabricante de automóveis do planeta, com mais de 10.400.000 unidades fabricadas, incluindo os números de vendas da Audi, da Seat e da Porsche. Em 2019, o Grupo Volkswagen fabricou mais de 11.000.000 de unidades, com mais de € 234 bilhões de receita bruta (o equivalente a mais de US$ 262 bilhões) e mais de 640.000 empregados, enquanto a Volkswagen do Brasil, por exemplo, uma de suas principais subsidiárias, foi a segunda maior fabricante de automóveis do Brasil, com mais 414.000 unidades fabricadas. Em 2024, o Grupo Volkswagen fabricou mais de 8.520.000 unidades, incluindo automóveis, comerciais leves e picapes.


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

O nome Scania 112 foi usado pela fabricante sueca Saab-Scania AB e sua subsidiária brasileira Saab-Scania do Brasil para sua linha clássica de veículos para transporte rodoviário de cargas semi-pesadas e pesadas, fabricado em larga escala em uma única geração, inicialmente na Suécia, a partir de 1980, e, em seguida, a partir de 1981, lançado no Brasil, tornando-se um grande sucesso de vendas aqui, em parte pela sua mecânica robusta e confiável e em parte pelo baixo número de concorrentes a sua altura, como, por exemplo, o Volvo N10, o Mercedes-Benz L-1113, o Volkswagen 11-130 / Volkswagen 13-130 e o Fiat 190 Turbo / Fiat 190H, com pesos brutos máximos de tração de até 45.000 kg, dependendo do modelo, no caso específico dos cavalos mecânicos.


A família Scania 112 foi uma das mais populares e confiáveis famílias de caminhões para transporte rodoviário de cargas semi-pesadas e pesadas do Brasil, principalmente nas décadas de 1980 e 1990, fabricada em larga escala no município de São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo, em uma das maiores e mais modernas fábricas de caminhões do Brasil na época.


Esses modelos da família Scania 112, fabricada aqui no Brasil durante a década de 1980, formada principalmente por caminhões pesados e semi-pesados, tanto nos formatos de chassis rígidos quanto cavalos mecânicos, não devem ser confundidos com os modelos sucessores de caminhões Scania 113, da década de 1990, de formato externo bem semelhante, embora com um número significativo de diferenças técnicas, principalmente na mecânica.


Essa família Scania 112, da década de 1980, teve versões com cabine recuada, apelidadas carinhosamente de Bicudo, e versões com cabine avançada, apelidadas aqui no Brasil de Cara Chata, mas grande parte das especificações técnicas dessas versões é semelhante, quando não idêntica, principalmente a parte mecânica, elétrica, pneumática e eletrônica.


No caso específico da família Scania 112, foram fabricados em série, aqui no Brasil, pelo menos seis modelos nos primeiros anos da fabricação em série, o Scania T 112H, de cabine recuada, tanto simples quanto leito, um dos mais vendidos aqui no Brasil, com tração 4X2 ou 6X2 e com algumas opções de motores, sendo a principal deles o Scania DS11 aspirado, um grande motor com seis cilindros em linha, com 11.000 cilindradas e injeção direta e mecânica, inicialmente com 203 cavalos de potência e 77 kgfm de torque; o Scania T 112M, uma versão com tração 4X2 ou 6X2, também de cabine recuada, simples ou leito, também com algumas opções de motores, incluindo o Scania DS11 aspirado; o Scania T 112E, uma versão com tração 6X2 ou 6X4, também de cabine recuada, simples ou leito, também com algumas opções de motores, incluindo o Scania DS11 aspirado; o Scania R 112H, de cabine avançada, tanto simples quanto leito, que, embora, curiosamente, sendo melhor no aspecto técnico vendeu menos, uma versão com tração 4X2 ou 6X2 e também com algumas opções de motores, incluindo o Scania DS11 aspirado; o Scania R 112M, de cabine avançada, tanto simples quanto leito, uma versão com tração 4X2 ou 6X2 e também com algumas opções de motores, incluindo o Scania DS11 aspirado; e, finalmente, o Scania R 112E, também de cabine avançada, simples ou leito, com tração 6X2 ou 6X4, também com algumas opções de motores, incluindo o Scania DS11, seguidos, anos depois de outras versões melhoradas, com motores mais potentes e maior capacidade de carga, inclusive.


Basicamente, de forma resumida e simplificada, os motores Scania DS11 eram seis cilindros em linha aspirados, com 11.000 cilindradas ou 11 litros, com bloco e cabeçote de ferro fundido, com comando de válvulas no bloco, acionado por varetas, com bomba injetora direta e mecânica de combustível, com taxa de compressão de 16:1. Esses motores foram trazidos da família de caminhões antecessora Scania 111, apelidada de Jacaré aqui no Brasil, mas com algumas melhorias e modernizações.


Alguns anos depois do início da produção em série, a família Scania 112 ganhou mais algumas versões, incluindo a Scania T 112S, com motor turbodiesel Scania DSC11, com intercooler, com taxa de compressão de 15:1, com potência aumentada para 333 cavalos e torque aumentado para 142 kgfm, além de outras versões ainda mais potentes anos depois.


Todos as versões da família Scania 112 citadas nos parágrafos acima estiveram disponíveis com pelo menos duas opções de conjunto caixa de câmbio / embreagem, uma de cinco velocidades ou marchas e outra de dez velocidades, sendo a principal delas a Scania GR871, um câmbio banhado a óleo, com acionamento servo-hidráulico, totalizando 10 marchas sincronizadas, com reduzida.


Os modelos da família Scania 112 estão classificados na categoria dos caminhões semi-pesados e pesados.


CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

A família de caminhões semi-pesados e pesados Scania 112, da década de 1980, faz parte da 3ª geração de caminhões da famosa fabricante sueca Scania AB, uma das maiores e mais tradicionais fabricantes de veículos para transporte rodoviário de cargas do mundo. Essa 3ª geração de caminhões é conhecida internacionalmente como Série 2, da qual também fazem parte as famílias de caminhões semi-pesados e pesados Scania 142, mas neste caso com motor Scania DS14 V8 de 14.000 cilindradas ou 14 litros, parte dela fabricada e comercializada no Brasil.


LINHAGEM DE CAMINHÕES DA MARCA SCANIA

DÉCADA

SÉRIES

FAMÍLIAS

1960 e 1970

50, 80, 85, 110 e 140

L50, L80, L85, L110 e L140

1970 e 1980

51, 81, 86, 111 e 141

L51, L81, L86, L111 (Jacaré) e L141

1980

Série 2 (3ª geração)

Scania 82, Scania 112 e Scania 142

1990

Série 3 (4ª geração)

Scania 93, Scania 113 e Scania 143

2000

Série 4 (5ª geração)

Scania 94, Scania 114, Scania 124, Scania 144 e Scania 164

2010

Série PRT-Range ou PGR (atual geração)

P (cabine baixa), G (cabine média) e R (cabine alta)


A família Scania 112 foi criada na Suécia, na década de 1970, desenvolvida na Europa e no Brasil, também na década de 1970, e fabricada principalmente na Suécia e no Brasil, na década de 1980, mais precisamente entre 1981 e 1991, totalizando mais de 20.000 unidades fabricadas no Brasil, por exemplo, principalmente as versões com cabine recuada, uma preferência do mercado brasileiro na época, ainda não acostumado com as versões de cabine avançada.


A família Scania 112, da década de 1980, é a antecessora da muito bem sucedida família Scania 113, da década de 1990, também fabricada e comercializada aqui no Brasil. É possível afirmar que uma parte significativa (cerca de 50%) da mecânica, da estrutura e dos sistemas elétrico, eletrônico, hidráulico e pneumático da família Scania 112 foi estendida para a família Scania 113, embora, segundo o fabricante, trata-se de modelos de caminhões quase totalmente diferentes, com mais de 200 modernizações, mudanças e aprimoramentos na família Scania 113, principalmente na mecânica e nos sistemas.


Em 1981, a Scania do Brasil iniciou a fabricação seriada dos modelos de caminhões semi-pesados e pesados Scania 112, com bonita carroceria / cabine recuada com design italiano do famoso e renomado estúdio Italdesign / Giugiaro, com capô do motor basculante e em fibra de vidro, com para-lamas integrado, com essa carroceria / cabine fabricada no Brasil pela Brasinca; com pelo menos cinco opções de motores da mesma família Scania DS11 / Scania DSC11, começando com 203 cavalos e 77 kgfm (aspirado), passando por 296 cavalos e 111 kgfm (turbo), passando por 305 cavalos e 126 kgfm (melhoria na bomba injetora), passando por 333 cavalos e 142 kgfm (com intercooler) até chegar aos 353 cavalos e 161 kgfm (com mais algumas melhorias); com chassi do cavalo com pelo menos duas distâncias entre-eixos, de 3,8 metros a 5,4 metros; quatro opções de chassis, com longarinas com espessura variando entre 8 milímetros até 17 milímetros; câmbio de 5 ou 10 marchas sincronizadas; e tração 4X2, 6X2 ou 6X4; dentre outras especificações.


Por meio da família Scania 112, a Scania do Brasil lançou aqui no Brasil, na década de 1980, o inédito conceito de Caminhão Programado, em que o cliente tem a sua disposição a possibilidade de combinar inúmeras especificações de acordo com suas necessidades, um conceito mantido até hoje por essa fabricante europeia. Na época, os caminhões da família Scania 112 podiam sair de fábrica com cabine simples, cabine leito ou até cabine com leito duplo, suspensão com eixo rígido, com feixe de molas, freios a tambores e dois tanques de 385 litros cada, dentre outras especificações. E mais, podiam sair de fábrica com opcionais importantes, como, por exemplo, ar condicionado, assento do motorista com apoio de cabeça e com amortecimento pneumático, volante com regulagem de altura, vidros da cabine com acionamento elétrico, com carrocerias disponíveis nas cores branca, azul, amarela, verde, laranja, preta e vermelha.


Essa família foi um sucesso de vendas na década de 1980, inclusive na Europa e no Brasil, mas precisava ser substituída por outra família mais moderna. Assim, durante a década de 1980, a gigante sueca Saab-Scania AB iniciou o projeto Scania 113, utilizando como base a família Scania 112, mas com inúmeras modernizações e melhorias mecânicas, elétricas, eletrônicas, hidráulicas e pneumáticas, incluindo novos bloco, cabeçote, coletor e válvulas de escape, anéis de pistão, turbocompressor, bomba injetora direta e bicos injetores, nova embreagem, com carroceria / cabine com chapas de aço galvanizado ou zincado; dentre outras mudanças.


A família Scania 113, da década de 1990, foi um sucesso de vendas, totalizando mais de 36.000 unidades fabricadas no Brasil, entre 1991 e 1998.


MODELOS DA FAMÍLIA 112

Aqui no Brasil, a família de caminhões semi-pesados e pesados Scania 112 é formada por pelo menos seis modelos, sendo pelo menos três com cabine convencional ou recuada, conhecida também como “bicuda”, ou seja, com motor à frente da posição do motorista, em um volume separado, inclusive com opções de cabine estendida ou cabine leito.


Curiosamente, a família Scania 112 esteve disponível no Brasil, na década de 1980, com opções de cabine avançada, mais vantajosa tecnicamente, inclusive com capacidade de carga maior e/ou menor consumo de combustível, mas vendeu menos que as versões “bicudas”, pois as transportadoras brasileiras e os caminhoneiros autônomos ainda tinham algum preconceito ou resistências às versões “cara chata”.


A família Scania 112 foi uma das melhores opções de cavalos mecânicos para transporte rodoviário de cargas semi-pesadas e/ou pesadas da década de 1980, aqui no Brasil. Os modelos Scania T 112H 4X2 e Scania T 112HW 6X2, por exemplo, estiveram entre os mais icônicos caminhões para transporte rodoviário de cargas do Brasil, elogiados por sua robustez e durabilidade, praticidade, confiabilidade mecânica, performance combinada com consumo moderado de combustível e até conforto interno, com boa ergonomia e espaço interno.


Entre as versões principais da família Scania 112, fabricadas aqui no Brasil, estão as seguintes:

  • Scania T 112H (a letra H significa dois ou três eixos, geralmente dois, sendo o dianteiro direcional e o traseiro para tração), com motor Scania DS11, aspirado, ou Scania DSC11, turbodiesel de quatro tempos, com ou sem intercooler, dependendo do ano de fabricação, com seis cilindros em linha e injeção direta de combustível, nos primeiros anos de fabricação com potência de 203 cavalos de potência e 77 kgfm de torque, com tração 4X2 traseira (toco), direção hidráulica e cabine curta, mas com opção de cabine estendida ou cabine leito, com peso bruto total variando de acordo com o ano de fabricação e as especificações solicitadas pelo cliente.
  • Scania T 112E (a letra E significa três eixos, sendo o dianteiro direcional e um ou dois traseiros para tração), também com motor Scania DS11, aspirado, ou DSC11, com turbocompressor, com as mesmas especificações do modelo citado logo acima, incluindo potência e torque, com tração 6X4 traseira (traçado) ou tração 6X2 traseira (trucado), direção hidráulica e cabine curta, mas com opção de cabine estendida ou cabine leito, com peso bruto total de tração também variando.
  • Scania R 112H, uma versão melhorada da família, também com motor Scania DS11, aspirado, ou Scania DSC11, turbodiesel, com as mesmas especificações, incluindo potência e torque, com tração 4X2 traseira (toco), direção hidráulica e cabine curta, mas com opção de cabine estendida ou cabine leito, com peso bruto total de tração também variando.
  • Scania R 112E, uma versão melhorada da família, também com motor Scania DS11, aspirado, ou Scania DSC11, turbodiesel, com as mesmas especificações, incluindo potência e torque, com tração 6X4 traseira (traçado) ou tração 6X2 traseira (trucado), direção hidráulica e cabine curta, mas com opção de cabine estendida ou cabine leito, também com peso bruto variando.


Lembre-se que para o serviço pesado o mais importante é o torque, nem tanto a potência.


SIGLAS UTILIZADAS PARA A NOMENCLATURA DA FAMÍLIA SCANIA 112

SIGLA

VERSÃO

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

R

Range

Cabine avançada (cara-chata)

T

Torped

Cabine recuada (bicudo)

M

Medium Duty

Semi-pesado

S

Super

Motor turbo (semi-pesado ou pesado)

H

Heavy Duty

Semi-pesado (6X2 ou 4X2)

HS

Heavy Duty Super

Semi-pesado ou pesado (6X4 ou 6X2)

HW

Heavy Duty Weight

Semi-pesado (6X2 ou 4X2)

E

Extra Heavy Duty

Semi-pesado ou pesado (6X4 ou 6X2)

EW

Extra Heavy Weight

Semi-pesado ou pesado (6X4 ou 6X2)

HK

Heavy (6X6)

Off-road, para até 80 toneladas


Na década de 1980, dentre as principais clientes da família de caminhões Scania 112 estiveram a Cutralle (suco de laranja), a ANR (transportadora de cargas), a Citrosuco (suco de laranja), a Zillo Lorenzetti / Zilor (setor sucroalcooleiro, etanol e açúcar) e Ouro Verde, dentre outras.


MERCADO

A família de caminhões pesados e semi-pesados Scania 112 foi um sucesso de vendas da marca Scania no Brasil, na década de 1980. Uma parte das unidades de caminhões fabricadas dessa família ainda está em condições de uso. É uma das famílias de caminhões mais icônicas do Brasil, ainda hoje presente em rodovias brasileiras no transporte de cargas médias e pesadas.


Os preços dos exemplares usados variam entre R$ 80 mil até 120 mil, dependendo do estado de conservação do veículo, dependendo da motorização e potência, dependendo da configuração de chassi / eixos / tração e dependendo do número de opcionais. Apesar da idade do projeto, são modelos com boa aceitação no mercado de usados, principalmente em razão de sua praticidade e confiabilidade mecânica, com alguns relatos de modelos que chegaram a 3.000.000 de quilômetros rodados e ainda em condições de uso.


Na época, durante a década de 1980, o mercado de caminhões leves, médios e pesados era praticamente dominado no Brasil por marcas fortes, como Scania, Mercedes-Benz, Ford e Volvo, com modelos de caminhões movidos a diesel. Anos depois, já década de 2000, a Scania do Brasil deu um passo adiante, trazendo ao Brasil a 5ª geração de caminhões semi-pesados e pesados, formada pela Série 4, principalmente pelas famílias Scania 94, Scania 114 e Scania 124, também bem vendidas aqui.


Os caminhões da família Scania 112 possuem capacidade para transportar o motorista e um ou dois ajudantes ou acompanhantes, com conforto razoável. Eles apresentam um bom desempenho para uso diário, mas abaixo da performance apresentada pelas opções mais modernas e sofisticadas de caminhões, é claro. Só pra se ter uma ideia, na época, na década de 1980, a potência máxima dos caminhões semi-pesados e pesados disponíveis no Brasil pelas grandes marcas Scania, Mercedes-Benz e Volvo, variava entre 200 cavalos e 350 cavalos, e hoje em dia, essa potência pode chegar a incríveis 700 cavalos, em alguns casos.


Atualmente, a Scania do Brasil é uma das líderes nacionais na fabricação de chassis para caminhões semipesados e pesados. Ela também é mundialmente conhecida pela alta qualidade na fabricação de caminhões e uma das líderes mundiais em inovação tecnológica na fabricação de conjuntos de chassis / motores para veículos coletivos para transporte rodoviário de passageiros. Ela atende o mercado latino-americano por meio de 145 concessionárias, principalmente no Brasil, na Argentina e no México.


Aqui no Brasil, a produção total de caminhões em 2017, por exemplo, foi de quase 52.000 unidades, com as principais fabricantes Mercedes-Benz do Brasil, Volkswagen / MAN, Ford do Brasil, Volvo e Scania, nesta ordem decrescente, considerando unidades fabricadas, conseguindo praticamente dominar o mercado nacional, com mais de 90% do market share, enquanto as demais continuavam se esforçando para ganhar terreno, dentre elas algumas notáveis, a Iveco, a Agrale, a DAF, a Hyundai e a Kia, estas duas pertencentes ao mesmo grupo sul-coreano Hyundai.


MERCADO BRASILEIRO DE UTILITÁRIOS DE CARGA RODOVIÁRIA (2017)

FABRICANTE

UNIDADES

PARTICIPAÇÃO

Mercedes-Benz

+ d 15.000

Cerca de 29%

Volkswagen / MAN

+ d 14.000

Cerca de 28%

Ford do Brasil

+ de 7.800

Cerca de 15%

Volvo

+ de 5.900

Cerca de 11%

Scania

+ de 5.700

Cerca de 11%

Iveco (Grupo CNH)

+ de 1.900

Cerca de 4%

DAF

+ d 1.040

Cerca de 2%

Agrale

+ d 110

Cerca de 0,5%


Nota: Os números são aproximados e/ou arredondados. Há algum tempo a Ford do Brasil anunciou a intenção de parar a sua fabricação de caminhões. A Agrale é uma marca brasileira. A fabricante chinesa Sinotruk encerrou em 2016 suas atividades de importação / comercialização de veículos utilitários no Brasil.


Em 2023, por exemplo, foram vendidos no Brasil mais de 100.000 unidades de caminhões pesados, semi-pesados, médios e leves. Esse cenário passou por algumas mudanças, com as marcas Iveco e DAF ganhando mercado, principalmente em razão da qualidade dos seus produtos e da saída da marca Ford do mercado brasileiro de caminhões, alguns anos atrás, o que deixou mais espaço para elas crescerem.


MERCADO BRASILEIRO DE UTILITÁRIOS DE CARGA RODOVIÁRIA (2023)

FABRICANTE

UNIDADES

PARTICIPAÇÃO

Volkswagen / MAN

+ d 27.000

Cerca de 25%

Mercedes-Benz

+ d 26.200

Cerca de 25%

Volvo

+ de 19.600

Cerca de 18%

Scania

+ de 12.400

Cerca de 11%

Iveco (Iveco Group)

+ de 9.300

Cerca de 9%

DAF

+ de 8.300

Cerca de 8%

Agrale

+ d 100

Cerca de 0,5%





Abaixo, o critério adotado nacionalmente pela Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores para diferenciar as categorias ou segmentos de utilitários pesados, semi-pesados, médios e leves para transporte rodoviário e/ou urbano de cargas:


CRITÉRIO DE SEGMENTAÇÃO DE CATEGORIAS DE UTILITÁRIOS

CATEGORIA

PBT (PESO BRUTO)

OBSERVAÇÃO

Furgões

 

 

Chassi cabine

Até 3,5 toneladas

 

Semileve

De 3,5 ton. até 6 toneladas

 

Leve

De 6 ton. até 10 toneladas

 

Médio

De 10 ton. até 15 toneladas

 

Semipesado

De 15 ton. até 45 toneladas

 

Pesado

A partir de 45 toneladas

 

Cavalo mecânico

 

 

Fonte: Anfavea


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Atenção: As informações, conceitos e valores (preços) emitidos neste artigo ou página são apenas de caráter informativo e podem não estar absolutamente precisos e rigorosos, pois esse não é o objetivo do blog. Para informações, conceitos e valores mais precisos e rigorosos entre em contato com o fabricante e/ou com seu representante de vendas.


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Scania_2-series
  • Scania do Brasil (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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